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Grampo reforça desconfiança de suborno do River
Em escuta telefônica, empresário diz ter recebido do clube US$ 20 mil para pagar árbitro de jogo da Libertadores-05
O uruguaio Gustavo Mendez deveria ajudar equipe de Buenos Aires no jogo de ida das semifinais contra o São Paulo; argentinos negam
DA REPORTAGEM LOCAL
Escuta telefônica divulgada
pelo jornal "La República", de
Montevidéu, reforçou a suspeita de que o River Plate subornou o árbitro uruguaio Gustavo
Mendez na Libertadores-05.
O jornal revela conversa em
que o empresário Jorge Chijane admite ter recebido US$ 20
mil (cerca de R$ 45,6 mil) do time argentino, em Buenos Aires, para repassar a Mendez,
que era vice-presidente e gerente-geral de uma empresa da
qual era um dos sócios.
O pagamento seria para
Mendez favorecer o time argentino na primeira partida das
semifinais da Libertadores do
ano passado, contra o São Paulo. A equipe brasileira venceu o
jogo, no Morumbi, por 2 a 0.
Mesmo assim, o São Paulo
mandou uma carta para Nicolás Leoz, presidente da Conmebol, mostrando o seu descontentamento com a arbitragem
do uruguaio. Para o jogo de volta, em Buenos Aires, a Conmebol escalou outro juiz e o time
brasileiro voltou a vencer (3 a
2) e se classificou para a final
contra o Atlético-PR.
Mendez cumpre suspensão
de 60 dias imposta pela Associação Uruguaia de Futebol.
O River Plate, por meio de assessores, negou o suborno e informou que, se Jorge Chijane
não desmentir a informação divulgada, vai acionar seu departamento jurídico para processar o empresário.
Um dos mais tradicionais
clubes argentinos, o River Plate
está nas semifinais da atual edição da Libertadores, que será
retomada depois da Copa.
Nas quartas-de-final, os argentinos eliminaram o Corinthians e podem voltar a encontrar o São Paulo em uma eventual decisão do campeonato.
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