São Paulo, sexta-feira, 16 de junho de 2006

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Grampo reforça desconfiança de suborno do River

Em escuta telefônica, empresário diz ter recebido do clube US$ 20 mil para pagar árbitro de jogo da Libertadores-05

O uruguaio Gustavo Mendez deveria ajudar equipe de Buenos Aires no jogo de ida das semifinais contra o São Paulo; argentinos negam


DA REPORTAGEM LOCAL

Escuta telefônica divulgada pelo jornal "La República", de Montevidéu, reforçou a suspeita de que o River Plate subornou o árbitro uruguaio Gustavo Mendez na Libertadores-05.
O jornal revela conversa em que o empresário Jorge Chijane admite ter recebido US$ 20 mil (cerca de R$ 45,6 mil) do time argentino, em Buenos Aires, para repassar a Mendez, que era vice-presidente e gerente-geral de uma empresa da qual era um dos sócios.
O pagamento seria para Mendez favorecer o time argentino na primeira partida das semifinais da Libertadores do ano passado, contra o São Paulo. A equipe brasileira venceu o jogo, no Morumbi, por 2 a 0.
Mesmo assim, o São Paulo mandou uma carta para Nicolás Leoz, presidente da Conmebol, mostrando o seu descontentamento com a arbitragem do uruguaio. Para o jogo de volta, em Buenos Aires, a Conmebol escalou outro juiz e o time brasileiro voltou a vencer (3 a 2) e se classificou para a final contra o Atlético-PR.
Mendez cumpre suspensão de 60 dias imposta pela Associação Uruguaia de Futebol.
O River Plate, por meio de assessores, negou o suborno e informou que, se Jorge Chijane não desmentir a informação divulgada, vai acionar seu departamento jurídico para processar o empresário.
Um dos mais tradicionais clubes argentinos, o River Plate está nas semifinais da atual edição da Libertadores, que será retomada depois da Copa.
Nas quartas-de-final, os argentinos eliminaram o Corinthians e podem voltar a encontrar o São Paulo em uma eventual decisão do campeonato.


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