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2 a 1 chorado
Brasil sofre para vencer a Coreia do Norte; Dunga prevê mais frio na barriga e diz que precisa melhorar
Brasil 2
Maicon, aos 10min, e Elano, aos
27min do 2º tempo
Coreia do Norte 1
Ji Yun-nam, aos 44min do 2º tempo
EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO
O Brasil venceu na estreia
e lidera sua chave na Copa da
África. Mas nunca foi tão difícil ganhar de um time da periferia da bola em um Mundial como no triunfo de 2 a 1
sobre a Coreia do Norte, ontem, em Johannesburgo.
Depois de um primeiro
tempo sem imaginação, em
que conseguiu fazer um jogo
equilibrado contra a 105ª colocada no ranking da Fifa, o
time de Dunga abriu 2 a 0,
com gols de Maicon e Elano.
Viu, porém, o adversário
semiamador descontar perto
do fim do jogo e ainda tentar
o empate nos acréscimos.
Foi apenas a segunda vez
na história que a seleção foi
vazada numa Copa por um
adversário que não fosse dos
continentes americano ou
europeu. Na primeira, em
2006, o time levou um gol do
Japão, mas fez quatro.
Nas nove vezes anteriores
que enfrentou times africanos, asiáticos ou da Oceania,
a diferença média das vitórias foi de três gols. Só uma
vez, contra a Argélia, em
1986, o Brasil ganhou só por
um gol, mas pelo menos o time não foi vazado.
A nada empolgante vitória, em nova atuação decepcionante de Kaká, ao menos
fez o Brasil completar sua 17ª
estreia seguida em Copas
sem derrota. E ainda pôs o
país na liderança do Grupo G
-no outro jogo da rodada
inaugural, Costa do Marfim e
Portugal ficaram no 0 a 0.
Mas não evitou que, mesmo sob o ensurdecedor barulho das vuvuzelas, Dunga e
seus jogadores ouvissem
vaias na saída para o intervalo. E que o jogo terminasse
com o estádio Elllis Park, lotado no início, com ao menos
um terço dos lugares vazios.
Até Dunga, apesar do seu
usual discurso de que o importante é a vitória, reconheceu que o time precisa melhorar. "Não só eu como os
jogadores esperamos isso na
próxima partida", disse.
MAIS FRIO NA BARRIGA
Vestido com seu tradicional figurino em jogos com
frio intenso -a sensação térmica em Johannesburgo chegou a -2C-, ele falou também sobre o assunto. "Uma
temperatura melhor seria
ideal, mas essa é a temperatura que vamos encontrar
aqui", disse o treinador.
O Brasil volta a campo no
domingo, quando enfrenta a
Costa do Marfim no Soccer
City, a outra arena de Johannesburgo nesta Copa.
Uma nova vitória brasileira garante o time de Dunga
nas oitavas de final com uma
rodada de antecedência.
Aliada a um empate entre
norte-coreanos e portugueses, deixaria o Brasil também
com o primeiro lugar da chave sacramentado.
Mas Dunga já prevê outra
partida suada: "Cada jogo
tem um frio na barriga".
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