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Brasil amplia seus prazos por conta própria
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO
O governo federal já trabalha com um possível atraso na construção dos estádios para a Copa-2014.
A data oficial, determinada pela Fifa, é o final de
2012, mas há entendimento
de que não haverá problemas caso as reformas se estendam por mais tempo.
O exemplo é da África do
Sul. Uma parte dos estádios
só ficou pronta neste ano.
Em 2009, só foram necessários quatro estádios para
a Copa das Confederações.
O Ministério do Esporte,
nos bastidores, trabalha
com o mesmo raciocínio.
Já houve dois estouros de
prazos determinados pela
Fifa para o início das obras.
Apesar disso, o discurso
do ministério é que não
há atraso preocupante. E
que haverá um sistema para
monitorar as obras após a
Copa da África do Sul.
Entre as arenas, o governo considera que a situação
mais complicada é no Paraná, já que não se sabe quem
irá financiar o estádio.
O Atlético-PR e o Estado
não se comprometeram a
bancar obras, e a Arena da
Baixada pode ser excluída.
O segundo caso é do Morumbi, que pode levar à troca da arena em São Paulo.
Os outros nove estádios
públicos já entraram com
pedidos de financiamento
no BNDES para suas obras.
Em relação à parte legal,
o Ministério do Esporte pretende encaminhar dois projetos de lei ao final da Copa
que englobarão todas as
medidas exigidas pela Fifa,
com exceção da parte tributária, que já foi feita.
É neste pacote que entrarão as regras para proteger
os patrocinadores da Fifa.
Entre elas, está a zona de
exclusão em volta do estádio, que não permitirá marketing de concorrentes e comércio ambulante.
O governo brasileiro aceitará impor restrições tão duras quanto às da África do
Sul, que geraram protestos
de camelôs e até de ONGs.
A Fifa fez uma requisição
que não estava no caderno
de encargos: criminalizar os
cambistas. Também é uma
repetição da África do Sul.
O ministério entende que
o projeto de lei já em trâmite
no Congresso, para alterar o
Estatuto do Torcedor, será
suficiente para isso.
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