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Comitê de SP já admite plano B
Arena em Pirituba passa a ser cogitada após abandono da reforma de R$ 630 mi do Morumbi
DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO
O comitê paulista da Copa--2014 admitiu, pela primeira
vez, a possibilidade de estudar o projeto de um estádio
em Pirituba para a abertura
do segundo Mundial no país.
Anteontem, o São Paulo
encaminhou ao comitê paulista da Copa de 2014 as garantias financeiras para a reforma do Morumbi, no valor
de R$ 265 milhões.
O projeto de reforma aprovado pela Fifa que credenciaria tecnicamente o Morumbi
a receber a abertura foi abandonado. Assim, o estádio não
poderá mais ser qualificado
para a abertura do torneio,
dizem pessoas ligadas à Fifa.
O projeto do Morumbi que
poderia abrigar o jogo inaugural da Copa estava orçado
em R$ 630 milhões.
A arena em projeto para
ser construída em Pirituba
custará entre R$ 500 milhões
e R$ 600 milhões e seria bancada em conjunto pelo governo paulista e pela iniciativa privada. À Folha Raquel
Verdenacci, que coordena os
trabalhos do comitê, afirmou
que São Paulo aguardará o
posicionamento da Fifa.
"Ganhamos tempo e vamos ter uns 40 dias para analisar o que a cidade de São
Paulo quer fazer. Se um jogo
de oitavas de final ou a abertura da Copa. Se quisermos a
abertura, acho que a Fifa nos
deixará reapresentar o projeto", disse Verdenacci, que está na África do Sul.
Segundo ela, hoje, somente a proposta de Pirituba poderia levar São Paulo a ter o
jogo inaugural do Mundial
brasileiro, já que o projeto do
Morumbi, apresentado anteontem, só o qualifica para a
fase de oitavas do torneio.
No caso de São Paulo decidir que não vale a pena gastar dinheiro para abrir a Copa-14, o Morumbi continuará
sendo a primeira opção da
capital paulista.
Outras opções, mais remotas, seriam o projeto de modernização do Pacaembu e
até o novo Palestra Itália.
Ontem, o São Paulo, que
diz ainda não ter desistido da
abertura, informou que a
proposta de R$ 260 milhões
"inclui novo projeto arquitetônico compatível com as especificações técnicas da Fifa,
o orçamento e o plano de viabilidade financeira". De
acordo com o clube, "toda a
obra será feita com fontes privadas de financiamento".
Em Johannesburgo, o presidente da federação paulista, Marco Polo Del Nero, declarou que o "São Paulo precisa fazer sua lição de casa" e
que ele ainda apoia o Morumbi para a Copa-14.
No entanto, o dirigente
também admitiu a construção de um novo estádio que
possa abrigar a abertura.
"Pode ser feito um estádio
onde será o maior centro de
convenções do mundo, com
80 mil vagas de estacionamento, para 50 mil lugares",
disse o cartola, acrescentando que o projeto seria bancado por "grupos privados",
mas sem especificá-los.
O presidente da federação,
que está rompido com o São
Paulo desde o final de 2008,
também afirmou que "uma
cidade como São Paulo não
pode perder a chance de ter a
abertura da Copa".
O próprio ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., que
vinha apoiando o Morumbi,
agora afirma não estar mais
confiante no estádio são-
-paulino.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E
SÉRGIO RANGEL)
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