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VÔLEI
Rodrigão é última baixa da equipe, que tenta superar desgaste de seguidas lesões e falta de ritmo na fase decisiva
Brasil junta os cacos para buscar quarta
conquista na Liga
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Bernardinho queria chegar à fase decisiva da Liga Mundial com
um esboço da base que viajará
com ele a Atenas. Não pôde.
A falta de testes consistentes na
etapa classificatória e a série de lesões que assolaram o grupo no
torneio fazem o técnico enfrentar
hoje a Bulgária, às 16h, com mais
dúvidas do que tinha na estréia
contra a Grécia, em 4 de junho.
A última e mais grave baixa foi
Rodrigão. Considerado atualmente por Bernardinho o melhor
meio do time, ele sofreu um início
de fratura por estresse na perna.
Não jogará as finais e corre o risco
até de ficar fora dos Jogos.
Antes dele, a seleção ficou sem
Giba, logo no início da Liga, por
causa de uma tendinite no joelho.
O mesmo problema tirou Gustavo de quadra nos últimos jogos.
As baixas durante o torneio prejudicaram os testes de Bernardinho, que instaurou um rodízio.
A intenção do treinador era
reestruturar sua equipe, abalada
pela perda de Nalbert, e ainda
procurar um potencial substituto
para o capitão, que se recupera de
uma cirurgia no ombro e segue
como dúvida para Atenas.
"É complicado, atrapalha o trabalho e preocupa. Mas eu já vivi a
contusão da Ana Moser em 1996,
da Virna em 2000... É possível superar", disse o técnico, bronze nas
duas últimas Olimpíadas com a
seleção feminina. Agora, ele busca
o tri da Liga (venceu em 2001 e
2003) e o quarto título para o Brasil, campeão também em 1993.
Sem uma base firmada, Bernardinho lidou ainda com a falta de
rivais fortes. Grécia, Portugal e Espanha não ofereceram resistência, e seu time chega à decisão em
Roma (Itália) como único invicto.
A fragilidade das seleções levou
os brasileiros a apostarem mais
nos coletivos do que nos jogos para ganhar ritmo para a fase final.
Por isso, o confronto de hoje é visto como o primeiro teste de fato.
"Teremos a oportunidade de
ver a nossa equipe contra um time
alto", afirmou André Heller, que
será opção, ao lado de Gustavo e
Henrique para o meio-de-rede.
A Bulgária tem média de altura
de 1,99 m, contra 1,94 m do Brasil.
A equipe também ostenta os dois
melhores bloqueadores da Liga
Mundial: Tsvetanov e Ivanov.
Eles terão a missão de parar Anderson, o melhor atacante, com
59,4% de aproveitamento.
O teste contra uma seleção mais
forte, no entanto, pode ter efeito
negativo para o Brasil por causa
do novo regulamento.
Hoje, além de brasileiros e búlgaros, Sérvia e Montenegro e Itália se enfrentam. Na segunda rodada, cruzam os perdedores com
os vencedores. Só as partidas de
amanhã valem como mata-matas
e definem os finalistas.
Assim, a seleção fará contra a
equipe considerada mais fraca
um jogo que "não vale nada" e terá menos de um dia para se recuperar. "Estou um pouco preocupado e ansioso para ver como a
equipe reagirá [contra um rival
mais forte]. Ainda não estamos
100%, mas vamos lutar", afirmou
o levantador Ricardinho.
NA TV - Sportv, ao vivo, a
partir das 16h
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