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Brasil vem ao Pan com hepta na mala
Na final, seleção masculina de vôlei vence mais um jogo de virada contra a Rússia e obtém 7º título da Liga Mundial
Em 19 campeonatos no comando do time brasileiro, Bernardinho vai à final de 18 e conquista 15º título; Pan é único que falta no currículo
DA REPORTAGEM LOCAL
A oito dias da estréia no Pan,
única competição que não foi
vencida pelo vôlei masculino
na era Bernardinho, o Brasil
conquistou o heptacampeonato da Liga Mundial na Polônia.
O técnico já havia anunciado,
após o título do Mundial, obtido no fim do ano passado, que a
prioridade de 2007 seria a medalha de ouro no Pan. Isso, no
entanto, não impediu que a seleção brasileira se esforçasse
para conquistar mais uma taça.
Na final, venceu a Rússia, de
virada, por 3 sets a 1 (parciais de
18/25, 25/23, 28/26 e 25/22).
Com isso, obteve o quinto título
consecutivo e sétimo, no total,
da Liga Mundial (1993, 2001,
2003, 2004, 2005, 2006 e
2007). Agora, o Brasil está apenas um título atrás da Itália.
Bernardinho amplia ainda
mais seu extenso currículo
vencedor à frente da seleção
masculina. Sob o comando do
técnico, o Brasil disputou 19
campeonatos oficiais. Foi finalista de 18. Ganhou 15.
Não bastasse isso, a equipe
brasileira não titubeou nas
mais importantes competições.
Durante a era Bernardinho,
venceu cinco Ligas Mundiais,
dois Mundiais (2002 e 2006) e
uma Olimpíada (2004).
O Pan é justamente o único
título que ainda não consta na
lista de conquistas do treinador. Em Santo Domingo-2003,
a seleção ficou de fora da final
após derrota surpreendente
para a Venezuela e teve que se
contentar com o bronze.
"Não existe segredo para a vitória. Nossos adversários são
maiores, mais fortes fisicamente e, por isso, temos que nos dedicar cada vez mais para conseguir nossos objetivos", disse
Bernardinho, cujo primeiro título como técnico foi obtido
justamente na Polônia.
Ontem o Brasil deu uma prévia de como se comportará durante os Jogos do Rio. Nos momentos decisivos, a equipe comandada Bernardinho dificilmente perde a concentração e
conta com a vibração para superar seus adversários.
O segundo set foi uma demonstração disso. O Brasil perdia por 1 a 0 e tudo indicava que
a Rússia venceria outra parcial,
pois havia conseguido uma
vantagem de três pontos.
Nesse momento, Bernardinho sacou Dante, que não rendia bem, e colocou em seu lugar
Murilo. Assim como no outro
jogo contra a Rússia, na sexta-feira, a entrada do jogador foi o
marco da virada brasileira.
Com Murilo em quadra, a
equipe se contagiou e salvou
bolas difíceis. O placar indicava
23 a 21 para a Rússia quando o
Brasil iniciou a reação e fechou
o segundo set em 25 a 23.
A partir de então, a concentração foi mantida, e os brasileiros continuaram a vibrar
muito após cada ponto obtido.
"Foi um jogo muito difícil.
Sabíamos que a Rússia era forte
e não lutamos o suficiente no
primeiro set. Mas reagimos no
segundo e passamos a vibrar
até conquistarmos a vitória",
disse Giba, que, junto a André
Nascimento, foi o maior pontuador do Brasil com 17 pontos.
O Brasil estréia no Pan do Rio
no dia 23, contra o Canadá.
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