São Paulo, segunda-feira, 16 de julho de 2007

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Brasil vem ao Pan com hepta na mala

Na final, seleção masculina de vôlei vence mais um jogo de virada contra a Rússia e obtém 7º título da Liga Mundial

Em 19 campeonatos no comando do time brasileiro, Bernardinho vai à final de 18 e conquista 15º título; Pan é único que falta no currículo

DA REPORTAGEM LOCAL

A oito dias da estréia no Pan, única competição que não foi vencida pelo vôlei masculino na era Bernardinho, o Brasil conquistou o heptacampeonato da Liga Mundial na Polônia.
O técnico já havia anunciado, após o título do Mundial, obtido no fim do ano passado, que a prioridade de 2007 seria a medalha de ouro no Pan. Isso, no entanto, não impediu que a seleção brasileira se esforçasse para conquistar mais uma taça.
Na final, venceu a Rússia, de virada, por 3 sets a 1 (parciais de 18/25, 25/23, 28/26 e 25/22). Com isso, obteve o quinto título consecutivo e sétimo, no total, da Liga Mundial (1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007). Agora, o Brasil está apenas um título atrás da Itália.
Bernardinho amplia ainda mais seu extenso currículo vencedor à frente da seleção masculina. Sob o comando do técnico, o Brasil disputou 19 campeonatos oficiais. Foi finalista de 18. Ganhou 15.
Não bastasse isso, a equipe brasileira não titubeou nas mais importantes competições. Durante a era Bernardinho, venceu cinco Ligas Mundiais, dois Mundiais (2002 e 2006) e uma Olimpíada (2004).
O Pan é justamente o único título que ainda não consta na lista de conquistas do treinador. Em Santo Domingo-2003, a seleção ficou de fora da final após derrota surpreendente para a Venezuela e teve que se contentar com o bronze.
"Não existe segredo para a vitória. Nossos adversários são maiores, mais fortes fisicamente e, por isso, temos que nos dedicar cada vez mais para conseguir nossos objetivos", disse Bernardinho, cujo primeiro título como técnico foi obtido justamente na Polônia.
Ontem o Brasil deu uma prévia de como se comportará durante os Jogos do Rio. Nos momentos decisivos, a equipe comandada Bernardinho dificilmente perde a concentração e conta com a vibração para superar seus adversários.
O segundo set foi uma demonstração disso. O Brasil perdia por 1 a 0 e tudo indicava que a Rússia venceria outra parcial, pois havia conseguido uma vantagem de três pontos.
Nesse momento, Bernardinho sacou Dante, que não rendia bem, e colocou em seu lugar Murilo. Assim como no outro jogo contra a Rússia, na sexta-feira, a entrada do jogador foi o marco da virada brasileira.
Com Murilo em quadra, a equipe se contagiou e salvou bolas difíceis. O placar indicava 23 a 21 para a Rússia quando o Brasil iniciou a reação e fechou o segundo set em 25 a 23.
A partir de então, a concentração foi mantida, e os brasileiros continuaram a vibrar muito após cada ponto obtido.
"Foi um jogo muito difícil. Sabíamos que a Rússia era forte e não lutamos o suficiente no primeiro set. Mas reagimos no segundo e passamos a vibrar até conquistarmos a vitória", disse Giba, que, junto a André Nascimento, foi o maior pontuador do Brasil com 17 pontos.
O Brasil estréia no Pan do Rio no dia 23, contra o Canadá.


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