São Paulo, sábado, 16 de agosto de 1997.



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BASQUETE
Equipe dos EUA em torneio em SP conta com atletas que jogam para celebrar Jesus
Seleção duela com 'ensino religioso'

LUÍS CURRO
da Reportagem Local

A seleção brasileira masculina enfrenta hoje, no ginásio da Hebraica, em São Paulo, uma seleção dos EUA evangelizadora.
A partida, com TV, é válida pela 2ª Copa Cidade de São Paulo.
A equipe dos EUA representa a organização norte-americana "Atletas em Ação", que visa, por meio do esporte, difundir a doutrina cristã.
"Jogamos, em primeiro lugar, por Jesus Cristo. Em segundo, pelo nosso país. E, em terceiro, para ajudar as outras equipes a desenvolver seus jogos", afirma Troy Justice, 30, técnico da equipe.
No Brasil, além de disputar o torneio, que reúne ainda as seleções de Argentina e México (ao lado do Brasil em preparação para a Copa América, que começa na próxima sexta), o time norte-americano faz uma reunião diária no hotel.
"Ficamos todos juntos e celebramos Jesus Cristo", diz Justice.
Segundo ele, o basquete é, para os atletas, uma das formas de demonstrar seu agradecimento a Jesus. "Ele nos deu um presente (saber jogar bem), e a quadra, para nós, é como uma igreja, um santuário. Temos que agradecer com boas performances, e dizer: obrigado por isso tudo."
Qual é seu nome?
Mesmo formado às pressas -os jogadores ainda estão tentando saber o nome dos colegas-, o técnico diz que o time "é de alto nível e pode ganhar o torneio".
A equipe tem jogadores experientes, que já jogaram profissionalmente na Europa e Austrália.
Apenas um jogador é universitário -o ala Jon Neuhouser, 21, que se forma no próximo ano. "Ele tem potencial para jogar na NBA", declara Justice.
A seleção norte-americana já está classificada para o Mundial de 98, na Grécia, porque é a atual campeã olímpica.
Na próxima semana, na Copa América, os EUA jogarão com atletas da CBA (Continental Basketball Association), espécie de segunda divisão da NBA.
Com os EUA, dez seleções jogam a Copa América -há quatro vagas para o Mundial.
Oscar
Questionado se conhece os jogadores da atual seleção brasileira, o técnico norte-americano disse: "Vi que o Oscar não está jogando, é isso? Sim, é isso. OK, isso é bom".
Para ele, o ex-cestinha do Brasil "poderia ter jogado na NBA e sido uma grande estrela nos EUA".
Justice diz que a chave para vencer hoje é seu time "pegar mais rebotes e impor um jogo de velocidade. E, para correr mais, fazer mais contra-ataques, temos que pegar mais rebotes".
NA TV - Brasil x EUA; Sportv; ao vivo, às 21h30



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