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BASQUETE
Protetorado leva EUA a "erros estúpidos"
DOS ENVIADOS A ATENAS
"Nós chocamos o mundo", gritavam os porto-riquenhos, à saída
do jogo de ontem, quando bateram os EUA no basquete.
Nada deu certo para os americanos. "Aconteceu o pior cenário
possível", disse Richard Jefferson.
Os porto-riquenhos lideraram o
placar por 33 dos 40 minutos da
partida. Ao final do segundo
quarto, já estavam na frente por
49 a 27. Os EUA acertaram só três
arremessos de três pontos, em 24
tentativas. Os porto-riquenhos
foram mais felizes: oito de 16.
O ataque funcionou, mas a defesa é que garantiu a vitória na avaliação dos porto-riquenhos. O pivô José ""Piculin" Ortiz, 40, o mais
experiente do time, atendeu a
avalanche de jornalistas. ""Foi o
meu maior momento na seleção;
agora só falta a medalha", afirmou, ratificando que planeja encerrar a carreira após 22 anos na
equipe nacional. "Foi um grande
trabalho defensivo. O mundo inteiro sabe que na América Latina
o basquete tem muito talento."
Feito ainda maior pelo fato de
Porto Rico ser apenas um Estado
associado dos EUA.
O armador Carlos Arroyo, que
durante o jogo gesticulou mostrando a camisa para o público
("gesto de emoção, uma homenagem ao povo de Porto Rico, lá em
casa, vendo o jogo pela TV") destacou a intensidade e concentração defensiva. Ele marcou 24 pontos e foi o cestinha da partida.
Porto Rico roubou sete bolas e
conseguiu 27 rebotes na partida.
Ao final, saiu muito aplaudido.
A derrota não significa que o
basquete americano esteja fora da
disputa pelo ouro, já que basta se
classificar entre os quatro primeiros em um grupo de seis para
avançar. Mas mostrou ao mundo
que a equipe não é imbatível.
""Temos que pensar se conseguiremos formar um time. O resultado não foi uma surpresa porque é
isso que acontece quando alguém
se esforça mais do que você", disse Larry Brown, técnico dos EUA.
"Eu não sei o que dizer, só que
as coisas têm sido muito ruins.
Nós temos tentado o melhor a cada dia, mas as coisas não se acertam", disse Carmelo Anthony.
"Temos que colocar este resultado para trás, acertar as coisas e
concentrar para que os erros estúpidos que cometemos não aconteçam de novo, se quisermos lutar
pela medalha de ouro", disse
Allen Iverson, que acertou apenas
um arremesso de três pontos, nas
dez tentativas que fez.
Porto Rico deu um show tático
na avaliação do técnico da seleção
brasileira masculina, Aluísio Ferreira, o Lula, que está em Atenas
como observador da confederação brasileira, porque o time não
se classificou para a Olimpíada.
"Porto Rico foi ousado em
apostar numa marcação por zona
fechada, não dando espaço no
garrafão, especialmente para o
Tim Duncan. E o show da NBA ficou por conta do Arroyo", declarou Lula.
(EA E MD)
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