São Paulo, sábado, 16 de agosto de 2008

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Valdivia diminui déficit palmeirense

Clube vai utilizar os R$ 18 milhões da transação com os árabes do Al Ain para quitar dívidas de empréstimos bancários

Diretoria já adiantou que não pretende contratar ninguém para repor saída de meia, responsável direto pelo fim do tabu de títulos


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Com cerca de R$ 18 milhões líquidos na mão, o Palmeiras acertou a transferência do meia Valdivia para o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos. Falta apenas o jogador assinar o contrato com a nova equipe.
O clube espera quitar as dívidas contraídas de empréstimos bancários, que, segundo o balancete de junho, somam quase R$ 19 milhões. No total, o rombo do clube é de R$ 76 milhões.
O valor da negociação do meia chileno com o time árabe ficou próximo dos 9 milhões (cerca de R$ 21,5 milhões).
Descontados os impostos e a porcentagem dos investidores da Cesta de Atletas, um fundo de investimentos privado criado pelo Palmeiras, o restante será integralmente utilizado no pagamento de débitos.
Somente do banco Banif, o clube paulista pegou mais de R$ 9,4 milhões. Do Bradesco, foram mais R$ 7,6 milhões.
Anteontem, o gerente de futebol do clube, Toninho Cecílio, já havia adiantado que o dinheiro adquirido da venda de Valdivia não seria empregado na contratação de atletas. "Estamos confiantes no grupo que temos", afirmou Cecílio.
Pela transação, o agora ex-camisa 10 do Palmeiras receberá US$ 1 milhão (R$ 1,6 milhão) no ato. São quatro anos de vínculo com o Al Ain, que recentemente também contratou o atacante André Dias, ex-Vasco.
Além da cláusula de preferência ao Palmeiras, caso o meio-campista seja vendido pelos árabes, o clube brasileiro também exigiu no contrato porcentagem sobre uma futura negociação do chileno.
Trazido do Colo Colo em 2006 por cerca de R$ 6 milhões, Valdivia só engrenou no ano passado, quando se destacou mesmo nos seguidos fracassos do técnico Caio Júnior.
O time não se classificou às finais do Paulista, foi eliminado na segunda fase da Copa do Brasil e terminou o Brasileiro em sétimo, fora da zona classificatória à Libertadores. Em compensação, ele foi eleito o melhor meia-esquerda do Nacional em eleição da CBF.
O chileno ratificou a condição de ídolo da torcida com a conquista do Paulista-08, troféu que o clube não erguia desde 1996. Valdivia foi decisivo nos clássicos contra os rivais e terminou o torneio com nove gols, incluindo um marcado na final diante da Ponte Preta.
Rotulado de "chorão" devido às freqüentes reclamações contra os árbitros -que lhe renderam outra fama, a de indisciplinado-, o meia eternizou a ira dos rivais comemorando seus gols no estilo "chororô".


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