|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Amigo de cartola, Adílson já discute renovação até 2012
Técnico do Cruzeiro, que enfrenta o Santos hoje, está no cargo desde o final de 2007 e é respaldado por Zezé Perrella
Desde os tempos de jogador no clube mineiro, relação
do atual treinador com o dirigente máximo do clube já era bastante próxima
GUSTAVO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando o Santos entrar no
gramado do Mineirão hoje, às
18h30, vai enfrentar a equipe
que tem no comando um dos
dois treinadores mais longevos
do futebol brasileiro.
Adílson Batista está no Cruzeiro desde dezembro de 2007,
mesma época em que Mano
Menezes assumiu o Corinthians -então, para a disputa
da Série B de 2008.
Depois de dois títulos do
Campeonato Mineiro e um vice-campeonato da Taça Libertadores, Adílson se mantém em
alta com a diretoria do clube,
que pretende renovar seu contrato por mais três anos.
O treinador relata que sua relação com o clube celeste é antiga -Adílson defendeu o Cruzeiro como jogador em 1989.
"Minha amizade com o Zezé
Perrella [presidente do Cruzeiro] foi construída quando eu
era atleta e ele era conselheiro
do clube. Sempre tivemos uma
convivência muito boa, mas no
futebol não dá para se manter
sem resultados", diz Adílson.
O novo contrato com ele ainda não foi fechado, mas depende só de um acerto de valores.
Após o final da Taça Libertadores, Adílson perdeu três atletas que foram titulares na competição. Ramires foi vendido
para o Benfica, Wagner, para o
Lokomotiv de Moscou, e Gérson Magrão vai defender o Dínamo de Kiev.
O treinador, porém, é contra
a adaptação do calendário nacional ao europeu. "Os jogadores vão continuar saindo, só
que no meio da temporada europeia, não mais no começo.
Essa é a diferença", analisa.
Para ele, os clubes devem
aproveitar bons negócios para
fazerem a reposição. Não cabe
só aos treinadores resolverem o
problema com inovações táticas e motivando os jogadores.
"O Luxemburgo, por exemplo, é um grande profissional.
Mas, se ele não tiver um elenco
forte, é difícil montar um time
bom. O responsável pelas decisões no futebol é o jogador."
Insatisfeito por ter jogado 15
vezes nos dois últimos meses e
ter apenas quatro partidas em
setembro, Adílson defende
uma outra mudança, na distribuição dos jogos que um clube
faz ao longo do ano, o que evitaria sequências desgastantes. "O
Brasileiro está em fase decisiva
e não adianta reclamar dos times que colocam os reservas na
[Copa] Sul-Americana."
Adílson também se diz contra reclamações com a arbitragem. Segundo ele, muitas vezes
os árbitros não têm condições
adequadas para desempenharem suas funções em alto nível.
"No começo do ano, peguei
um avião de Belo Horizonte para Curitiba, num domingo à
noite, com o Roberto Braatz
[auxiliar Fifa, pelo Paraná]. De
lá, eram três horas para chegar
na casa dele. Na terça-feira, já
apitou um jogo no Uruguai. Cobrar é fácil, dar condição de trabalho é diferente."
No jogo de hoje, o atacante
Thiago Ribeiro e o volante
Henrique, suspensos, são desfalques. No entanto o atacante
Kléber volta de suspensão.
NA TV - Cruzeiro x Santos
Sportv (menos MG), às 18h30
Texto Anterior: Clubes relevam dívida de R$ 3,2 bi e trazem astros Próximo Texto: Luxemburgo tenta reduzir pressão sobre seus atletas Índice
|