São Paulo, domingo, 16 de agosto de 2009

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Reforma no DF equivale a dois estádios novos

Pela Copa, Mané Garrincha irá consumir R$ 740 mi

SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Se dependesse só da vontade das cidades que sediarão a Copa-2014, reforma, demolição e construção dos estádios que serão utilizados pelas seleções chegariam a quase R$ 5 bilhões.
O custo detalhado previsto por cada sede foi apresentado ao governo, que determinou a redução das estimativas, tamanha a discrepância detectada.
Não se tratam, porém, de projetos executivos, quando será possível ter uma ideia mais clara dos custos envolvidos.
Pouquíssimas das cidades chegaram a esse estágio e há casos em que nem foi escolhida ainda a empresa de arquitetura.
Um caso de discrepância é a reforma do Mané Garrincha (Brasília), cuja previsão é de R$ 740 milhões de recursos públicos (o estádio é do governo do DF). O valor representa pouco menos do que foi orçado para construir dois novos estádios, em Cuiabá (R$ 440 milhões) e Manaus (R$ 400 milhões).
Mas, mesmo que as estimativas das arenas de Manaus e Cuiabá sejam baixas perto da do Mané Garrincha, o governo federal não vê necessidade de usar tanto dinheiro, já que essas capitais não têm clubes na primeira divisão, o que restringe o uso das arenas após a Copa.
Manaus já está revisando o valor para que seja reduzido. Nos dois casos, os recursos serão provenientes de impostos porque as áreas são públicas.
Depois de Brasília, o orçamento mais caro é o de Salvador: R$ 639 milhões para a reconstrução da Fonte Nova. Os recursos serão obtidos por meio de PPPs (parcerias público-privadas). O novo estádio de Recife custará, pelos cálculos exibidos, R$ 540 milhões, com PPP. A seguir, vem a reforma do Mineirão, estimada entre R$ 350 milhões e 500 milhões.
O custo inicial para a reforma do Maracanã é de R$ 440 milhões, mesmo valor da construção de arena em Cuiabá.
A reforma de estádio em Fortaleza está orçada em R$ 400 milhões, mesmo valor previsto para a construção em Manaus.
A estimativa para erguer um estádio em Natal é de R$ 309 milhões, valor pouco menor do previsto para a reforma no Morumbi (R$ 300 milhões). As reformas do Beira-Rio, em Porto Alegre, e da Arena da Baixada, em Curitiba, são as mais baratas: R$ 150 milhões e R$ 138 milhões, respectivamente.


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