São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2007

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São Paulo, sem pressa, vence e despacha Santos

Time de Muricy aumenta invencibilidade para 14 jogos e amplia para 12 pontos vantagem para o Cruzeiro, vice-líder

São Paulo 2
Santos 1

JULYANA TRAVAGLIA
TONI ASSIS

DA REPORTAGEM LOCAL

Era para ser um clássico equilibrado, pois envolvia o líder contra o terceiro colocado.
Mas o que se viu ontem no Morumbi foi uma reprise dos recentes capítulos do Brasileiro. E mais uma vez, foi o São Paulo o grande astro da noite.
A receita para chegar aos 2 a 1 sobre o Santos, foi a conhecida paciência. Depois de dominar o primeiro tempo, o São Paulo definiu a partida com dois gols logo no início da etapa final.
A vitória deixou o time do Morumbi mais perto do pentacampeonato brasileiro. Agora, 12 pontos separam o São Paulo do vice-líder, o Cruzeiro, que hoje enfrenta o Atlético-MG no clássico de Belo Horizonte.
Além de encher os olhos da sua torcida, o time do Morumbi ainda estendeu uma marca para vangloriar ainda mais sua campanha. A invencibilidade na competição cresceu para 14 jogos. Já o consolo do adversário foi vencer o goleiro Rogério com o gol aos 47min, e acabar com uma invencibilidade que caminhava para os dez jogos.
Já o Santos, que até ontem ostentava a melhor campanha do returno, com cinco vitórias em seis jogos, terá de juntar os cacos do revés para o São Paulo.
Os santistas viajam até Porto Alegre para enfrentar o Grêmio no final de semana. Já o São Paulo, que na quarta-feira enfrenta o Boca Juniors pela Sul-americana, volta a jogar em casa na próxima rodada do Brasileiro contra o Figueirense.
Em campo, o São Paulo não deu muita chance ao Santos e desde o início foi para o ataque em busca do gol.
Coube ao Santos, que costuma ser mais efetivo no primeiro tempo, trancar-se em seu campo, apostar na força de sua defesa e viver de raros contra-ataques para o solitário Kléber Pereira tentar surpreender o goleiro Rogério Ceni.
Se as estratégias táticas se mostraram bem definidas, a disposição são-paulina também fez a diferença.
Com Hernanes e Richarlyson soltos para armar as jogadas e a forte marcação já no campo de ataque feita por Borges e Dagoberto, o Santos tinha dificuldade não só de sair jogando mas também de encaixar os contra-ataques.
Alternando jogadas de penetração com a bola aérea, o São Paulo bem que tentou fazer Fábio Costa trabalhar. Mas falhou no momento chave: a finalização. Dos dez chutes que deu, só um foi no alvo.
Sem ter como ameaçar os donos da casa, o Santos se ressentiu da apatia de Petkovic. Contratado para ser o cérebro da equipe, ele apenas assistiu os volantes são-paulinos jogarem. Luxemburgo ainda tentou acordar seu time deslocando Kléber para o meio, mas a mudança não surtiu efeito.
Apesar da superioridade em campo, o 0 a 0 ao fim do primeiro tempo ainda deixou a suspeita de um jogo indefinido.
"O time está criando, está chegando. Isso é um bom sinal", afirmou o atacante Dagoberto na saída do campo.
O otimismo do jogador são-paulino acabou sendo colocado em prática e o time do técnico Muricy não precisou de mais do que dez minutos para selar o destino da partida. E com direito a gol de placa de zagueiro.
Breno dominou pela direita, ganhou de três rivais e bateu no canto de Fábio Costa. Um gol para lavar a alma da torcida que passou a incendiar o clássico.
O golpe de misericórdia veio logo a seguir. Depois de um escanteio, a sobra ficou com Richarlyson que cruzou rasteiro. Borges foi mais rápido que Fábio Costa e fez 2 a 0.
A partir daí foi só festa. Gritos de olé a cada toque de bola do time, louvações ao nome de Muricy Ramalho e o tradicional grito de campeão.
O treinador santista bem que esboçou reação e de uma só vez tirou Petkovic, Pedrinho e Marcos Aurélio. Mas com a vantagem no placar, foi a vez de o São Paulo fazer o que mais gosta. Tocar a bola e botar o adversário para correr. No final, Tabata ainda descontou, mas como ele mesmo disse "o gol [de honra] não representou muita coisa."


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