|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
São Paulo, sem pressa, vence e despacha Santos
Time de Muricy aumenta invencibilidade para 14 jogos e
amplia para 12 pontos vantagem para o Cruzeiro, vice-líder
São Paulo 2
Santos 1
JULYANA TRAVAGLIA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Era para ser um clássico
equilibrado, pois envolvia o líder contra o terceiro colocado.
Mas o que se viu ontem no
Morumbi foi uma reprise dos
recentes capítulos do Brasileiro. E mais uma vez, foi o São
Paulo o grande astro da noite.
A receita para chegar aos 2 a 1
sobre o Santos, foi a conhecida
paciência. Depois de dominar o
primeiro tempo, o São Paulo
definiu a partida com dois gols
logo no início da etapa final.
A vitória deixou o time do
Morumbi mais perto do pentacampeonato brasileiro. Agora,
12 pontos separam o São Paulo
do vice-líder, o Cruzeiro, que
hoje enfrenta o Atlético-MG no
clássico de Belo Horizonte.
Além de encher os olhos da
sua torcida, o time do Morumbi
ainda estendeu uma marca para vangloriar ainda mais sua
campanha. A invencibilidade
na competição cresceu para 14
jogos. Já o consolo do adversário foi vencer o goleiro Rogério
com o gol aos 47min, e acabar
com uma invencibilidade que
caminhava para os dez jogos.
Já o Santos, que até ontem
ostentava a melhor campanha
do returno, com cinco vitórias
em seis jogos, terá de juntar os
cacos do revés para o São Paulo.
Os santistas viajam até Porto
Alegre para enfrentar o Grêmio
no final de semana. Já o São
Paulo, que na quarta-feira enfrenta o Boca Juniors pela Sul-americana, volta a jogar em casa na próxima rodada do Brasileiro contra o Figueirense.
Em campo, o São Paulo não
deu muita chance ao Santos e
desde o início foi para o ataque
em busca do gol.
Coube ao Santos, que costuma ser mais efetivo no primeiro tempo, trancar-se em seu
campo, apostar na força de sua
defesa e viver de raros contra-ataques para o solitário Kléber
Pereira tentar surpreender o
goleiro Rogério Ceni.
Se as estratégias táticas se
mostraram bem definidas, a
disposição são-paulina também fez a diferença.
Com Hernanes e Richarlyson soltos para armar as jogadas e a forte marcação já no
campo de ataque feita por Borges e Dagoberto, o Santos tinha
dificuldade não só de sair jogando mas também de encaixar
os contra-ataques.
Alternando jogadas de penetração com a bola aérea, o São
Paulo bem que tentou fazer Fábio Costa trabalhar. Mas falhou
no momento chave: a finalização. Dos dez chutes que deu, só
um foi no alvo.
Sem ter como ameaçar os donos da casa, o Santos se ressentiu da apatia de Petkovic. Contratado para ser o cérebro da
equipe, ele apenas assistiu os
volantes são-paulinos jogarem.
Luxemburgo ainda tentou
acordar seu time deslocando
Kléber para o meio, mas a mudança não surtiu efeito.
Apesar da superioridade em
campo, o 0 a 0 ao fim do primeiro tempo ainda deixou a suspeita de um jogo indefinido.
"O time está criando, está
chegando. Isso é um bom sinal", afirmou o atacante Dagoberto na saída do campo.
O otimismo do jogador são-paulino acabou sendo colocado
em prática e o time do técnico
Muricy não precisou de mais
do que dez minutos para selar o
destino da partida. E com direito a gol de placa de zagueiro.
Breno dominou pela direita,
ganhou de três rivais e bateu no
canto de Fábio Costa. Um gol
para lavar a alma da torcida que
passou a incendiar o clássico.
O golpe de misericórdia veio
logo a seguir. Depois de um escanteio, a sobra ficou com Richarlyson que cruzou rasteiro.
Borges foi mais rápido que Fábio Costa e fez 2 a 0.
A partir daí foi só festa. Gritos de olé a cada toque de bola
do time, louvações ao nome de
Muricy Ramalho e o tradicional grito de campeão.
O treinador santista bem que
esboçou reação e de uma só vez
tirou Petkovic, Pedrinho e
Marcos Aurélio. Mas com a
vantagem no placar, foi a vez de
o São Paulo fazer o que mais
gosta. Tocar a bola e botar o adversário para correr. No final,
Tabata ainda descontou, mas
como ele mesmo disse "o gol
[de honra] não representou
muita coisa."
Texto Anterior: Juca Kfouri: O mata-mata volta à baila Próximo Texto: Polícia: Torcedor sofre ferimento com bomba caseira e é internado Índice
|