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Na África, Blatter descarta "plano B"
Presidente da Fifa diz que sucesso da Copa de 2010 tornou-se cruzada pessoal alheia às questões políticas
DA REPORTAGEM LOCAL
Em viagem pela África do Sul
desde domingo, o presidente da
Fifa, Joseph Blatter, 72, falou
ontem, na Cidade do Cabo, sobre questões políticas que cercam a estrutura que vem sendo
construída para a Copa do
Mundo de 2010 e afirmou que
não há qualquer pretensão de
mudar o Mundial de país-sede.
Bem-humorado, Blatter chegou a dançar ao ser recebido
com música e aplausos por cerca de 2.000 operários que trabalham na construção do estádio Green Point. Dizendo-se feliz por estar visitando o país,
Blatter afirmou que o sucesso
do torneio de 2010 tornou-se
uma cruzada pessoal.
Ao falar da política local,
Blatter garantiu estar certo de
que uma possível tensão no
processo de sucessão presidencial africana não afetará o evento. E manteve-se neutro, já que
esteve com o atual presidente,
Thabo Mbeki, no domingo e
hoje terá como companhia nas
visitas às obras Jacob Zuma,
possível substituto de Mbeki.
"Não estamos preocupados
com questões políticas. Vamos
organizar e entregar esta Copa
do Mundo, que será um evento
maravilhoso", disse Blatter.
O cartola garantiu que, a menos que haja catástrofe natural,
não existe plano de emergência
para substituir a sede do Mundial. Reservadamente, ele admite que obras de infra-estrutura são as que mais preocupam. Embora o governo tenha
reservado US$ 1,7 bilhão para
melhorar o transporte, não há
grandes obras previstas para cidades como Durban ou Cidade
do Cabo, duas das principais sedes do evento futebolístico.
O otimismo que demonstrou
ao falar da estrutura não esteve
presente quando Blatter referiu-se à seleção sul-africana.
Disse estar desapontado com o
fraco desempenho do time, dirigido pelo brasileiro Joel Santana. "Foi campeã africana em
1996 e, desde então, o quê? Façam algo, mexam-se!".
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