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Brasileiro é quem mais sobe ao pódio
Estreante em Paraolimpíadas, Daniel Dias, 20, conquista 9 medalhas, 4 de ouro, na natação em Pequim
DA REPORTAGEM LOCAL
Daniel Dias dava suas primeiras braçadas em 2004 e
nem sonhava em competir na
Paraolimpíada de Atenas.
Quatro anos depois, ele deixa
o Cubo d'Água como o atleta
que mais subiu ao pódio da Paraolimpíada de Pequim. Foram
nove medalhas: quatro ouros,
quatro pratas e um bronze.
As duas últimas medalhas de
sua coleção vieram ontem, com
as pratas nos 50 m livre classe
S5 (33s56) e no revezamento 4
x 50 m medley 20 pontos.
"Essa equipe está de parabéns pela união. Isso ajuda tanto na prova individual quanto
nos revezamentos e mostra o
quanto a equipe está unida",
disse Dias, 20, após o revezamento, última prova da natação
no programa paraolímpico.
O brasileiro, que teve má formação congênita dos membros
superiores e da perna direita,
disputou 11 provas em Pequim
e só não conseguiu medalhas
em dois revezamentos.
Apesar de ter conquistado
mais medalhas do que qualquer
um no Cubo d'Água, Dias terminou os Jogos em terceiro lugar no quadro de medalhas individual. Na frente dele estão o
australiano Matthew Cowdrey
(cinco ouros e três pratas) e a
sul-africana Natalie du Toit
(cinco ouros em cinco provas).
Apesar de amputada, Du Toit
também disputou a Olimpíada
-foi a 16ª colocada nos 10 km
da maratona aquática.
A natação brasileira teve outro multimedalhista em Pequim. André Brasil competia
com atletas sem deficiência
quando assistiu à Paraolimpíada de Atenas-2004.
Com hipertrofia muscular na
perna esquerda (seqüela de poliomielite), Brasil viu atletas
com deficiências similares à
sua competindo na Grécia.
Ontem, ele encerrou sua primeira participação em uma Paraolimpíada com o ouro nos
400 m livre e o recorde da competição: 4min05s84. "A avaliação que eu faço desta Paraolimpíada é ótima. Consegui melhorar meus tempos e ganhar medalhas inéditas na minha trajetória", afirmou o nadador de 24
anos, que conquistou quatro
ouros e uma prata.
No último dia da natação, o
Brasil ainda faturou o bronze
com Edênia Garcia nos 50 m livre da classe S4, com 53s28.
O país conquistou também
uma medalha inédita no tênis
de mesa. Luiz Algacir e Welder
Kane perderam a final por
equipes para os franceses Jean
Phelippe Robin e Florian Merrien por 3 partidas a 1 e terminaram com a prata.
E, no Ninho de Pássaro, Yohansson Nascimento fez 11s25
nos 100 m, um centésimo mais
rápido do que o chinês Zhao
Xu, e ficou com o bronze na
classe T46 (amputados nos
membros superiores).
A Paraolímpiada de Pequim
distribui suas últimas medalhas na próxima madrugada.
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