DA REPORTAGEM LOCAL

O comando da seleção da Argentina está nas mãos do diretor técnico Carlos Bilardo até a volta de Maradona, que faz, na Itália, tratamento para perder sete quilos. A previsão é que ex-jogador permaneça até duas semanas na clínica em Merano.
"Queremos que Maradona fique bem. Enquanto ele não estiver aqui, Bilardo e a comissão técnica de seleção estarão no comando", declarou Cherquis Bialo, porta-voz da AFA (Associação de Futebol Argentino).
Julio Grondona, presidente da associação, reuniu-se com Bilardo e o restante da comissão técnica na segunda-feira para tratar das próximas partidas da Argentina nas eliminatórias -contra o Peru e o Uruguai, em outubro. A pedido do cartola, Bilardo entrará em contato com os jogadores da seleção para tranquilizá-los quanto aos rumos da equipe.
Após o encontro na AFA, Bilardo fez questão de destacar que nada havia mudado, ou seja, que Maradona prossegue sendo o técnico da seleção.
"Se Diego me pergunta, eu respondo. Se não, não me meto. Quem decide as mudanças é ele. Não pode haver duas pessoas à frente da seleção", declarou o técnico campeão mundial em 1986 com a Argentina.
Segundo jornais argentinos, Bilardo teve de ser convencido por Grondona de que sua nova função não significava traição a Maradona. Ainda assim, o diretor teve o cuidado de repetir que a situação é temporária e que as decisões importantes serão tomadas por Diego.
No dia 25, sairá a convocação para os próximos jogos da Argentina, e a expectativa é que Maradona faça o anúncio. No entanto nem o médico pessoal do ex-jogador se arrisca a fixar data para seu retorno ao país. "Se ele ficar mais [do que 12 dias], então eu viajo para estar com ele na Itália", falou Alfredo Cahe ao jornal "Clarín".
A Argentina é hoje a quinta colocada nas eliminatórias. Se a competição terminasse hoje, os argentinos teriam que disputar a repescagem para ir ao Mundial de 2010, na África do Sul.