Meia-atacante é destaque da vitória do Milan sobre o Ajax na Copa dos Campeões

DE SÃO PAULO

Mais de dois meses depois do fim da Copa do Mundo, Ronaldinho, 30, desabafou sobre sua ausência na seleção brasileira que foi à África.
O jogador rompeu uma sequência de entrevistas curtas e superficiais para criticar a convocação de Dunga e afirmar que voltou a ser o mesmo dos tempos de Barcelona, quando foi escolhido duas vezes o melhor do mundo.
“Nenhum outro brasileiro foi melhor do que eu na Europa. Eu merecia ser chamado”, disse o camisa 80 do Milan, na edição de ontem do jornal francês “L’Équipe”.
Ontem, na estreia do Milan na fase de grupos da Copa dos Campeões, deu mostras de que recuperou seu bom futebol. Na vitória por 2 a 0 sobre o Auxerre, foi fundamental nos lances dos gols.
No primeiro, aos 21min da segunda etapa, cruzou, Boateng cabeceou, e Ibrahimovic marcou. O segundo gol veio três minutos depois. Ronaldinho levou a bola desde a defesa e tocou para Ibrahimovic, mais uma vez, anotar.
Na entrevista ao diário francês, teceu elogios a Leonardo, que dirigiu o Milan por um ano. “Ele me deixou fazer o que eu amo. Mesmo quando eu não estava muito bem, posso dizer que fiz muito mais do que outros jogadores. Hoje, eu sou o mesmo de quando estava no Barça.”
Afastado da seleção por Dunga, Ronaldinho revelou não ter acompanhado nenhum jogo do Mundial. “O que eu gosto é de jogar futebol, e não de me sentar durante 90 minutos diante da TV. Não tenho paciência.”
Ele ainda disse que quer continuar jogando. “Seria muito bom [jogar a Copa de 2014]. Mas haverá a Copa de 2018. Idade não é problema. Tive como companheiro Maldini, que jogou até os 40 anos. Quero fazer como ele.”


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