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Polícia Civil prende 12 de organizadas
Operação policial detém membros de torcidas de Flamengo e Vasco
DIANA BRITO
DO RIO
Oito membros de torcidas
organizadas do Vasco e do
Flamengo foram presos ontem durante a Operação Hooligans, deflagrada pela Polícia Civil do Rio para o combate a criminosos nos grupos.
No total, 12 mandados de
prisão dos 19 expedidos
foram cumpridos. Quatro
suspeitos já estavam detidos
devido a outros crimes.
Na operação, foram
apreendidas oito máquinas
caça-níqueis, que estavam
em um bar frequentado por
alguns dos presos, notebooks, celulares, um taco de
beisebol e camisas com alusões às torcidas organizadas.
As detenções foram na capital, nos municípios de São
Gonçalo, Niterói e Itaboraí e
na região metropolitana.
A partir das 6h, 160 policiais civis e dez delegados,
divididos em 52 equipes, circulavam pelo Rio de Janeiro e
por outros municípios.
De acordo com a Polícia Civil, integrantes de torcidas
vêm utilizando sites de relacionamento para marcar brigas e anunciar quais serão
suas próximas vítimas.
As investigações começaram em março com a morte
de um torcedor da 7ª Família
da Força Jovem do Vasco,
que teria sido atacado por
membros do 8º Pelotão da
Torcida Jovem do Flamengo.
Integrantes de organizadas do Botafogo e do Fluminense também são investigados pela polícia e podem ser
presos nos próximos dias.
""Pelo menos 40 pessoas já
estão identificadas como
suspeitas de envolvimento
com essas quadrilhas", disse
o delegado Luiz Antônio Ferreira, da 73ª DP (Neves).
"Alguns são verdadeiramente torcedores do Vasco e
do Flamengo, mas muitos
utilizavam a torcida organizada apenas para promover
vandalismo, depredação,
briga", afirmou Ferreira.
Ao longo das investigações, os policiais descobriram que integrantes das organizadas realizavam festas
em São Gonçalo e em Niterói
para arrecadar dinheiro e
marcar brigas com rivais.
Segundo a polícia, os convites para as festas eram vendidos, em média, por R$ 25.
Quem pagava, ganhava ingressos para as partidas.
Por isso os envolvidos poderão ser enquadrados ainda
como cambistas. "As torcidas têm direito a ingressos
gratuitos fornecidos pelos
clubes, mas faturam com isso", declarou o delegado.
Os acusados terão que
responder na Justiça por formação de quadrilha, porte
ilegal de armas, homicídio,
tentativa de homicídio, rixa
qualificada e lesão corporal,
entre outros crimes.
Além da ação, o chefe da
Polícia Civil anunciou que será criada a Delegacia de Ordem Pública para monitorar
as organizadas e evitar brigas. O objetivo é identificar e
prender criminosos dentro
das torcidas organizadas
como forma de prevenção
para a Copa do Mundo de
2014 e a Olimpíada de 2016.
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