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Suicídio coloca o futebol americano em xeque
Morte de atleta faz crescer discussão sobre efeitos dos choques no esporte
DE SÃO PAULO
O suicídio de um jogador
universitário de futebol americano aumentou os questionamentos sobre os danos
causados nos cérebros dos
atletas pelos choques durante as partidas do esporte.
Há um ano, é crescente a
pressão por medidas para estudar e minimizar concussões cerebrais, resultantes de
batidas das cabeças.
Nesta semana, uma autópsia da Universidade de Boston constatou traços da
doença trauma crônico encefálico no atleta Owen Thomas, 21, da Universidade da
Pensilvânia. O mal causa depressão e demência.
O jogador enforcou-se em
abril, em seu apartamento.
Parentes disseram que ele sofreu um colapso emocional e
que nunca apresentara sintomas de depressão antes.
Outros vinte jogadores da
NFL (National Football League), liga profissional do esporte, já tinham sido diagnosticados com essa doença.
Médicos da Universidade
de Boston disseram que o fato de Thomas ter desenvolvido a enfermidade tão cedo levanta questões sobre o papel dela em sua morte. Mas o suicídio não pode ser atribuído
primeiramente ou somente
aos danos no seu cérebro.
"Isso pede por uma extensa pesquisa do problema que
vai além do trabalho duro da
NFL no nível atlético", afirmou o neurologista Daniel
Perl, que trabalhou no caso.
"Eu quero que as pessoas
levem isso a sério", afirmou o
reverendo Tom Tomas, pai
do atleta morto, que tornou o
caso público para aumentar
a discussão sobre a prática
do futebol americano.
Seu filho jogava desde os
nove anos. Nunca teve uma
concussão diagnosticada,
mas poderia esconder sintomas para entrar em campo,
segundo sua mãe Kathy
Brearley. "Ele gostava de bater forte", contou ela.
Sua posição era de "lineman", que protege o lançador em choques constantes
com os adversários.
Com "The New York Times"
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