São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2010

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Suicídio coloca o futebol americano em xeque

Morte de atleta faz crescer discussão sobre efeitos dos choques no esporte

DE SÃO PAULO

O suicídio de um jogador universitário de futebol americano aumentou os questionamentos sobre os danos causados nos cérebros dos atletas pelos choques durante as partidas do esporte.
Há um ano, é crescente a pressão por medidas para estudar e minimizar concussões cerebrais, resultantes de batidas das cabeças.
Nesta semana, uma autópsia da Universidade de Boston constatou traços da doença trauma crônico encefálico no atleta Owen Thomas, 21, da Universidade da Pensilvânia. O mal causa depressão e demência.
O jogador enforcou-se em abril, em seu apartamento. Parentes disseram que ele sofreu um colapso emocional e que nunca apresentara sintomas de depressão antes.
Outros vinte jogadores da NFL (National Football League), liga profissional do esporte, já tinham sido diagnosticados com essa doença.
Médicos da Universidade de Boston disseram que o fato de Thomas ter desenvolvido a enfermidade tão cedo levanta questões sobre o papel dela em sua morte. Mas o suicídio não pode ser atribuído primeiramente ou somente aos danos no seu cérebro.
"Isso pede por uma extensa pesquisa do problema que vai além do trabalho duro da NFL no nível atlético", afirmou o neurologista Daniel Perl, que trabalhou no caso.
"Eu quero que as pessoas levem isso a sério", afirmou o reverendo Tom Tomas, pai do atleta morto, que tornou o caso público para aumentar a discussão sobre a prática do futebol americano.
Seu filho jogava desde os nove anos. Nunca teve uma concussão diagnosticada, mas poderia esconder sintomas para entrar em campo, segundo sua mãe Kathy Brearley. "Ele gostava de bater forte", contou ela.
Sua posição era de "lineman", que protege o lançador em choques constantes com os adversários.

Com "The New York Times"


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