São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2011

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MOTOR

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br @fabio_seixas

Vettel e o enorme pecado de ser precoce

VETTEL cometeu um enorme, imperdoável pecado. Enquanto tantos pilotos talentosos passam anos quebrando a cara para ganhar um título -e a maioria não consegue-, o alemão está às portas do bicampeonato aos 24 anos, depois de apenas quatro temporadas na F-1.
Quanto atrevimento...
Sua punição, quase uma maldição, é agora ter de quebrar a cara para provar que é um piloto talentoso, que suas conquistas não são apenas fruto de um ótimo carro, que não é só um garoto de sorte. Não é tarefa fácil.
Não adianta evocar o passado, sua sólida formação no kart, seu título na F-BMW aos 17, com 18 vitórias em 20 corridas, suas ótimas marcas como reserva da BMW.
Não adianta lembrar que entrou na F-1 na fogueira, substituindo Kubica em Indianápolis, e que pontuou logo na estreia, aos 20 anos.
Não adianta resgatar a disputa pelo seu contrato entre Red Bull e BMW, ambas cientes do que ele poderia fazer.
Não adianta recordar aquele domingo em Monza, há três anos, quando ele venceu com um Toro Rosso -que atendia por Minardi até 2005.
Não adianta dizer que há um piloto na mesma equipe com um carro igual ao dele e que o colega é só o quarto na tabela, com pouco mais da metade dos seus pontos.
Não adianta registrar que a equipe existe desde 2005, que tem Newey desde 2006, mas que só começou a vencer com Vettel, em 2009.
Não adianta mostrar os números, que já o colocam como o 14º piloto da história em vitórias e o oitavo em pole positions.
Não adianta nem mostrar cenas como a da ultrapassagem em Alonso, na Parabólica, por fora, com duas rodas na terra, no último domingo, em Monza. Sempre haverá aquele que dirá: "Ah, mas ele tem um ótimo carro, assim, até eu".
Um rápido exercício: imagine se ele fosse brasileiro.

F-1
COINCIDÊNCIA?
Em sua coluna na "Autosport" desta semana, o jornalista inglês Jonathan Noble revela o nome do único piloto da F-1 que gastou um dia das últimas férias do inverno europeu, em dezembro, para visitar a fábrica da Pirelli, então em plena preparação para seu retorno à categoria. Uma dica: o tal piloto é o tema da coluna deste colega brasileiro, logo aqui acima.

INDY
BOA APOSTA
Enquanto a MotoGP faz nhe-nhe-nhem para correr em Motegi, a Indy disputa lá, a 130 km da radiação de Fukushima, a última etapa do ano em circuito misto. Com uma novidade: João Paulo de Oliveira, radicado no Japão há oito anos, correrá pela Conquest. Ele já venceu duas vezes no circuito, de F-Nippon. A última, em agosto, com pole e melhor volta.

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