São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 2006

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Palmeiras de erros leva 2 gols, insiste e acerta no final

Equipe cria e desperdiça várias chances, vê Atlético-PR abrir, mas reage e se salva aos 40min do segundo tempo

Palmeiras 2
Atlético-PR 2

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Se a idéia era obter uma seqüência de vitórias para chegar à vaga na Libertadores, o Palmeiras não conseguiu. Mas mostrou determinação suficiente para impedir uma derrota e compensar mais de uma hora de erros e desperdícios.
No primeiro tempo contra o Atlético-PR, abusou de perder gols. A disposição tática ofensiva, prometida por Marcelo Vilar, não se transformou em vantagem. Os laterais Paulo Baier e Michael gozavam de liberdade para atacar, Edmundo tinha boa atuação na criação de jogadas, assim como Juninho. Até Roger Silva, o substituto de Marcinho, mostrava certa presença na área. Faltava o gol.
Até que Denis Marques, aos 43min, desempatou a partida ao chutar de fora da área. A bola desviou no zagueiro Nen e encobriu Diego Cavalieri.
Era impossível pensar no bordão "quem não faz toma", pois o Palmeiras teve chances claras para sair na frente.
Na melhor delas, Edmundo recebeu lançamento e chutou para grande defesa de Cleber. No rebote, bateu para fora.
Edmundo e Juninho finalizaram três vezes cada um, de um total de 11 conclusões palmeirenses ao gol, contra sete do Atlético, que marcava mal.
No intervalo, Vilar colocou Wendel e sacou Marcelo Costa, que tinha sido o jogador mais acionado do time alviverde, segundo o Datafolha. A torcida aplaudiu, mas, minutos depois, pediu o chileno Valdivia.
No Atlético, Oswaldo Alvarez tirou o lateral Jancarlos e optou pelo volante Alan Bahia.
O Palmeiras voltou agressivo. Juninho fez boa jogada individual e achou Roger na área. O resultado foi curioso. O atacante chutou para fora, e a placa de publicidade devolveu a bola nos pés de Edmundo, que chutou para o gol vazio com o jogo nitidamente parado.
No terceiro gol perdido por Roger no segundo tempo, a torcida ficou insatisfeita, de vez. Vaias ruidosas foram ouvidas quando ele foi substituído por outro atacante, Neto Baiano.
A partir daí, já se sentia no Parque Antarctica o clima de corrida contra o relógio. Os gols perdidos afastavam a torcida, que pressionava o banco. O sonho da seqüência de vitórias era de novo frustrado.
Vilar não tinha outra saída a não ser a de abrir o jogo. Colocou Valdivia no lugar do volante Francis. No momento seguinte, quase tomou o segundo.
Denis Marques, que papava léguas, recebeu lançamento, deu um drible desmoralizante em Alceu, tirou o goleiro da jogada e só não fez o gol porque se desequilibrou. Mas, aos 23min, não desperdiçou a chance, após uma jogada do baixinho Ferreira, que superou os zagueiros e foi desarmado cara a cara com Diego. A bola sobrou para Denis Marques: 2 a 0.
A última substituição foi do Atlético, numa queda de mau jeito do goleiro Cleber, que vinha bem. Após defender falta cobrada por Edmundo, ele machucou-se e deu a vaga a Tiago Cardoso. Foi ele quem tomou o gol de Paulo Baier, após jogada pela esquerda, aos 34min.
Inflamada pelo gol, a torcida passou a apoiar. Sofreu com a bola na trave de Baier, mas o empate saiu aos 40min. Neto Baiano fez de cabeça, ao subir mais alto que a zaga. Era o 2 a 2.
Na próxima quarta, o Palmeiras, estacionado na 14ª posição, pega o Vasco em São Januário.


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