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Palmeiras de erros leva 2 gols, insiste e acerta no final
Equipe cria e desperdiça várias chances, vê Atlético-PR abrir, mas reage e se salva aos 40min do segundo tempo
Palmeiras 2
Atlético-PR 2
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Se a idéia era obter uma seqüência de vitórias para chegar
à vaga na Libertadores, o Palmeiras não conseguiu. Mas
mostrou determinação suficiente para impedir uma derrota e compensar mais de uma
hora de erros e desperdícios.
No primeiro tempo contra o
Atlético-PR, abusou de perder
gols. A disposição tática ofensiva, prometida por Marcelo Vilar, não se transformou em
vantagem. Os laterais Paulo
Baier e Michael gozavam de liberdade para atacar, Edmundo
tinha boa atuação na criação de
jogadas, assim como Juninho.
Até Roger Silva, o substituto de
Marcinho, mostrava certa presença na área. Faltava o gol.
Até que Denis Marques, aos
43min, desempatou a partida
ao chutar de fora da área. A bola
desviou no zagueiro Nen e encobriu Diego Cavalieri.
Era impossível pensar no
bordão "quem não faz toma",
pois o Palmeiras teve chances
claras para sair na frente.
Na melhor delas, Edmundo
recebeu lançamento e chutou
para grande defesa de Cleber.
No rebote, bateu para fora.
Edmundo e Juninho finalizaram três vezes cada um, de
um total de 11 conclusões palmeirenses ao gol, contra sete do
Atlético, que marcava mal.
No intervalo, Vilar colocou
Wendel e sacou Marcelo Costa,
que tinha sido o jogador mais
acionado do time alviverde, segundo o Datafolha. A torcida
aplaudiu, mas, minutos depois,
pediu o chileno Valdivia.
No Atlético, Oswaldo Alvarez
tirou o lateral Jancarlos e optou pelo volante Alan Bahia.
O Palmeiras voltou agressivo. Juninho fez boa jogada individual e achou Roger na área. O
resultado foi curioso. O atacante chutou para fora, e a placa de
publicidade devolveu a bola
nos pés de Edmundo, que chutou para o gol vazio com o jogo
nitidamente parado.
No terceiro gol perdido por
Roger no segundo tempo, a torcida ficou insatisfeita, de vez.
Vaias ruidosas foram ouvidas
quando ele foi substituído por
outro atacante, Neto Baiano.
A partir daí, já se sentia no
Parque Antarctica o clima de
corrida contra o relógio. Os gols
perdidos afastavam a torcida,
que pressionava o banco. O sonho da seqüência de vitórias
era de novo frustrado.
Vilar não tinha outra saída a
não ser a de abrir o jogo. Colocou Valdivia no lugar do volante Francis. No momento seguinte, quase tomou o segundo.
Denis Marques, que papava
léguas, recebeu lançamento,
deu um drible desmoralizante
em Alceu, tirou o goleiro da jogada e só não fez o gol porque se
desequilibrou. Mas, aos 23min,
não desperdiçou a chance, após
uma jogada do baixinho Ferreira, que superou os zagueiros e
foi desarmado cara a cara com
Diego. A bola sobrou para Denis Marques: 2 a 0.
A última substituição foi do
Atlético, numa queda de mau
jeito do goleiro Cleber, que vinha bem. Após defender falta
cobrada por Edmundo, ele machucou-se e deu a vaga a Tiago
Cardoso. Foi ele quem tomou o
gol de Paulo Baier, após jogada
pela esquerda, aos 34min.
Inflamada pelo gol, a torcida
passou a apoiar. Sofreu com a
bola na trave de Baier, mas o
empate saiu aos 40min. Neto
Baiano fez de cabeça, ao subir
mais alto que a zaga. Era o 2 a 2.
Na próxima quarta, o Palmeiras, estacionado na 14ª posição,
pega o Vasco em São Januário.
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