São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 2006

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Time masculino se supera, mantém sonho olímpico e vê Diego brilhar

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção brasileira masculina de ginástica cumpriu ontem o dever de casa e manteve vivo o sonho de chegar pela primeira vez à Olimpíada. De quebra, alcançou seu melhor resultado na história dos Mundiais e viu Diego Hypólito se classificar para as finais de solo e salto.
Com 349 pontos, a equipe ficou em 18º lugar, melhorando em um posto a colocação obtida no Mundial de Anaheim-2003. E se garantiu no Pré-Olímpico do ano que vem.
"Os meninos foram bem. Mas poderiam ter ficado umas quatro colocações acima se não tivessem apresentado quedas", afirmou Eliane Martins, supervisora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica.
Na passagem pelos seis aparelhos no NRGi Arena, os brasileiros tiveram quatro quedas, uma no solo, uma na paralela e duas no cavalo com alças. Pelo novo código de pontuação, vigente desde janeiro, cada queda subtrai 0,8 ponto na nota.
A equipe, que reuniu todos os atletas no mês passado, quando a CBG chamou três atletas de fora da seleção permanente (Diego, Victor Rosa e Michel Conceição), teve que superar a perda de Danilo Nogueira, por lesão, e atuar com dois estreantes no Mundial, Caio Costa e Luiz Augusto dos Anjos.
Impulsionado pelo desempenho do paulista Diego Hypólito, o Brasil teve como melhores aparelhos o salto (sétimo melhor índice entre as 43 equipes) e o solo (nono). A melhor seleção da fase classificatória foi a da China (370,450 pontos), seguida pela do Japão (367,750) e pela da Rússia (365,400).
Com os resultados de ontem, somente Diego segue na competição. "Fiquei satisfeito com a série de solo. Mas me senti um pouco inseguro na primeira passada, que é uma seqüência nova e bastante ousada", disse.
Atual campeão mundial do aparelho, Diego tirou 16,025 pontos, ficando atrás só do romeno Marian Dragulesco (16,250). "Posso melhorar até o dia da final [na sexta]. Sofri penalização de 0,1 ponto, pois pisei fora da linha o solo", avaliou ele, que abriu mão do elemento que leva seu nome, um duplo twist carpado com pirueta.
No salto, ele terá que melhorar ainda mais se quiser ir ao pódio, já que detém só a sexta melhor nota, um 16,150, ficando a 0,325 ponto do líder, o bielo-russo Dimitri Kaspiarovich.
"Repeti os saltos que fiz na etapa da Copa em Xangai, mas aqui eles foram bem melhores", disse Diego, que disputa a final do aparelho no sábado.0 (CCP)



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