Seleção tenta faturar seu quinto Mundial na categoria contra Gana, dona do melhor ataque do torneio

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil tenta hoje, contra Gana, conquistar seu quinto título do Mundial sub-20, disputado neste ano no Egito.
A hegemonia na categoria ainda pertence à Argentina, que tem seis troféus em 17 disputas, mas não se classificou para disputar esta edição.
A seleção brasileira busca repetir os feitos de 1983, 1985, 1993 e 2003 com estilo sólido.
O time treinado por Rogério Lourenço, que era zagueiro e jogou o Mundial sub-20 de 1989, sofreu apenas três gols nas seis partidas até a decisão.
O Brasil tem o segundo melhor ataque do torneio: 14 gols. Só é superado no quesito justamente por Gana, que marcou 16 vezes em seis partidas.
O problema dos africanos é justamente a defesa. Nos últimos dois jogos, Gana sofreu quatro gols. Até então, ostentava a marca de um gol tomado por partida no Mundial.
"Vai ser um jogo bonito, aberto, porque jogar para a frente é a características das duas equipes", prevê Lourenço.
O técnico brasileiro pediu cuidado especial com o atacante Dominic Adiyah, artilheiro da competição, com oito gols.
A decisão de hoje é uma reedição da final de 1993, que o Brasil venceu por 2 a 1 graças a gols de Yan e Gian, que então defendiam o Vasco da Gama.
Hoje, os destaques do Brasil são Alex Teixeira e Alan Kardec, cujos direitos pertencem ao clube carioca -o último está emprestado ao Internacional.
O Mundial que termina hoje já é o mais violento da história.
Em 50 jogos, foram distribuídos 27 cartões vermelhos e 261 amarelos. Em 1979, por exemplo, quando Maradona foi campeão, ninguém foi expulso.
A média de gols por partida também é a mais alta das 17 edições do Mundial sub-20. Até agora, é de 3,3 tentos por partida -em grande parte, graças às atuações de Brasil e Gana.
A presença de público superou as expectativas e ultrapassou a marca de 20 mil espectadores por confronto, embora o entusiasmo do torcedor local tenha diminuído bastante depois da eliminação do Egito.
A disputa pela medalha de bronze opõe as duas grandes surpresas da competição: Costa Rica e Hungria se enfrentam quatro horas antes da final.