|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Brasil se vê fora do pódio no Mundial
GINÁSTICA ARTÍSTICA
Com pouca renovação, seleção almeja top 24
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DE SÃO PAULO
A seleção feminina de ginástica artística inicia hoje
sua luta para participar pela
terceira vez da Olimpíada.
Em Roterdã, na Holanda,
onde tem início o maior Mundial de todos os tempos em
participação de ginastas
-são 572-, o Brasil entra como incógnita e sem expectativa de chegar ao pódio.
Pela primeira vez desde
2004, o país não tem um atleta entre os destaques do torneio -posto que vinha sendo
suprido por Diego Hypólito,
recém-operado no pé esquerdo. E, no caso do feminino, o
Mundial será um duro teste
para a seleção, que sofre para
encontrar novos talentos.
"A equipe renovou pouco.
Mas é que não podemos arriscar agora, isso leva tempo
e exige critério. Temos que
trazer a melhor equipe que
temos e é essa de agora", diz
a técnica Viviane Cardoso.
Segundo ela, a seleção visa exclusivamente se colocar
entre as 24 melhores do torneio, o que garante vaga no
Pré-Olímpico de 2011. Ao todo, 35 equipes atuam no feminino, com o favoritismo
dividido entre EUA e China.
"No primeiro dia, nós decidiremos quatro anos de trabalho. Temos só que mostrar
o que fazemos no treino. Não
acho que este Mundial será
mais difícil do que outros",
diz Daniele Hypólito, 26.
Com uso de nutricionista e
mais treinos, a ginasta, dona
da primeira medalha do país
em Mundiais (foi prata em
2001), perdeu 7 kg e voltou a
brilhar neste ano, com pódios na Copa e no Pré-Pan.
Daniele reconhece que a
seleção não mudou muito e
atribui isso à falta de equipamentos de ponta espalhados
pelo país. "Para ter renovação, é preciso uma boa reserva para cada titular da equipe. Para isso, é preciso aparelhagem mais renovada."
Além dela e de Jade Barbosa, que reestreia pela seleção
após a Olimpíada de 2008, a
equipe terá Ethiene Franco,
Priscila Cobello, Bruna Leal e
Adrian Gomes -só a última e
a reserva Gabriela Soares são
estreantes em Mundiais.
"Não devemos ter pódio,
pois perdemos atletas de peso [como Daiane dos Santos,
fora devido às questões pós-doping], mas há renovação
na equipe", diz Klayler Mourthé, supervisor da Confederação Brasileira de Ginástica,
citando que Ethiene, Bruna e
Priscila entraram na seleção
principal após Pequim-2008.
Hoje, no Palácio de Esporte Ahoy, o Brasil atua na terceira de seis rotações, quando 22 equipes se exibem -a
posição final sai amanhã, no
fim das apresentações. "A
meta é melhorar o posto do
Mundial anterior [quinto, em
2007]. Mas devemos ficar do
oitavo ao 14º", diz Viviane.
Dependendo do resultado
hoje, as ginastas só assistirão
ao resto do Mundial, que vai
até domingo que vem. O time
masculino atua na terça.
Texto Anterior: Técnico serviu de barreira em Sucre Próximo Texto: Jade para de chorar e diz que lesão é "de lua" Índice | Comunicar Erros
|