São Paulo, Terça-feira, 16 de Novembro de 1999
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Luxemburgo pede esforço 100% no Pré

do enviado a Melbourne

O caso Ronaldo, dispensado de enfrentar a Austrália por não ter demonstrado disposição necessária para jogar pelo Brasil, não pode se repetir.
Quem avisa é Wanderley Luxemburgo, preocupado com a seleção pré-olímpica, que em janeiro disputa a classificação para Sydney-2000.
"Isso vale para qualquer um, jogador ou membro da comissão técnica. O projeto do ouro olímpico é importantíssimo e exige dedicação total de todos."
O técnico contou que teve uma conversa com os integrantes da comissão técnica, na qual avisou que quer a presença de todos no Pré-Olímpico.
Uma de suas preocupações era Nílton Petrone, o Filé, fisioterapeuta de Ronaldo na Inter de Milão, que trabalha também para a seleção brasileira.
"Quando o Ronaldo voltou para a Itália, eu avisei que ele (Filé) tinha que continuar aqui (na Austrália, onde o Brasil joga amanhã, em Melbourne). Mais do que o fisioterapeuta do Ronaldo, ele é o fisioterapeuta da seleção. E em janeiro, quero vê-lo trabalhando no Pré-Olímpico", disse Luxemburgo.
"Se também tivesse voltado para Milão, seria desligado da comissão técnica. Entre um amigo que não pode te servir e um desconhecido que tem tempo e disposição para trabalhar com você, eu fico com o segundo", afirmou o técnico.
O aviso do treinador vale também para o treinador de goleiros Paulo César Gusmão, o fisiologista Renato Lotufo e o médico Joaquim Grava, todos profissionais do Corinthians.
Apesar de o clube disputar o Mundial de clubes na primeira quinzena de janeiro, Luxemburgo quer vê-los treinando a seleção sub-23, que começa a disputar o Pré-Olímpico a partir do dia 18 daquele mês.
Dos três, Grava é o único que pode ser liberado, já que José Luiz Runco, médico do Flamengo, pode se revezar com ele no atendimento à seleção.
Mas, mais do que todos eles, o papel principal no torneio é o de Candinho, consultor técnico da seleção.
"Ele tem um trabalho de observação pelo interior do Brasil incrível. É o Candinho quem descobre uma série de jogadores, vários de clubes pequenos até, como o próprio Sílvio (goleiro do São Caetano) e o Alexandre (da Ponte Preta). Você não precisa esperar eles irem para times grandes para convocá-los. E nisso o trabalho do Candinho ajuda muito." (JCA)

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