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VÔLEI
Seleção feminina perde da Rússia, mas assegura 3º lugar da Copa após vitória do Japão sobre a China
Adversário ajuda e Brasil vai aos Jogos
Associated Press
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A atacante Virna (dir.) tenta passar por bloqueio russo em jogo da Copa do Mundo, torneio em que o Brasil garantiu vaga olímpica |
MARCILIO KIMURA
enviado especial a Nagoya
A seleção feminina de vôlei teve
ontem seu jogo mais difícil na Copa do Mundo, mas o esforço não
foi suficiente para garantir por
seus próprios meios a vaga em
Sydney-2000. Precisava ganhar da
Rússia. Perdeu por 3 sets a 2 (21/
25, 25/20, 25/17, 22/25 e 15/9).
A classificação, porém, veio pelas mãos das japonesas, rivais de
hoje do time do Brasil, no encerramento da competição, em Nagoya (cerca de 460 km de Tóquio), às 7h de Brasília.
Foi o segundo favorecimento
que a seleção teve em dois dias.
No dia anterior, o Japão teve dizimadas suas chances de obter a vaga para a Olimpíada por Cuba.
Restaram as chinesas, que não
podiam perder nenhum set nas
duas últimas partidas. Perderam
três e a partida para as anfitriãs (3
sets a 0), ontem.
As outras duas vagas haviam sido definidas anteontem, para as
invictas Rússia e Cuba (dez vitórias), que se enfrentariam hoje, na
preliminar do jogo brasileiro, pela
decisão do título.
A derrota da China, vice-campeã mundial, era totalmente inesperada, mas o resultado não foi
motivo de festa no hotel em que a
seleção assistia ao jogo pela TV.
""Teve uma comemoração tímida. O pessoal só se parabenizou.
Temos um jogo para ganhar",
disse a atacante Ana Moser.
O confronto de hoje não melhora nem piora a colocação do Brasil
na Copa do Mundo. O Japão, apesar de ter uma vitória a menos (7)
não pode alcançar o set average
(sets vencidos divididos pelos
perdidos) do Brasil, que venceu
26 e perdeu 8. As anfitriãs, 22 e 15.
A equipe dirigida por Bernardinho busca, assim, apenas um ""clima" melhor para comemorar depois a classificação num restaurante brasileiro em Nagoya.
""Mas acho que não vou. Talvez
elas queiram ficar sozinhas e curtir entre elas", afirmou o técnico.
Tática duvidosa
Bernardinho abriu mão do título da Copa e sofreu a segunda derrota em dez jogos no torneio. A
primeira fora na primeira etapa,
em Okayama, para as cubanas.
Ontem, o treinador decidiu
poupar a atacante Ana Moser,
que tem problemas crônicos nos
joelhos, para decidir contra o Japão a classificação olímpica.
""O Japão é mais fraco do que a
Rússia. Poderíamos ter ganho das
russas, mas dependeríamos do resultado de Rússia e Cuba para subir de posição. Poderíamos ter arriscado e terminado em terceiro
do mesmo jeito", justificou.
E o fraco desempenho ofensivo
foi determinante para a derrota,
principalmente o de Leila e Érika.
A canhota atacou 30 bolas e só pôs
7 no chão. ""Foi um erro meu. Deveria tê-la substituído pela Elisângela", admitiu Bernardinho.
Já a substituta de Ana Moser
cortou 29 bolas, com sucesso de
apenas 34,48%.
Os dois sets em que o ataque
não comprometeu muito, o primeiro e o quarto, o Brasil venceu.
Outro diferencial russo foi seu
forte saque -foram sete aces,
contra um brasileiro. Evgenia Artamonova foi a maior pontuadora
(28) do jogo. Virna foi responsável por 24 pontos brasileiros.
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