São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2006

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Ricardinho se desdobra para, sem o passe na mão, imprimir velocidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Jogar sem o passe na mão é o pesadelo de todo levantador e pode arruinar a apresentação de um time, até dos favoritos.
A seleção brasileira, no entanto, encontrou um jeito de transformar o erro em arma e promete surpreender os rivais.
Ricardinho tem treinado de propósito com o passe ruim. A idéia é tentar conseguir ataques velozes mesmo quando o companheiro erra a recepção.
"Ele tem forçado bastante isso nos treinamentos, será uma diferença já neste Mundial. Acreditamos que, mesmo sem o passe na mão, tenhamos condições de jogar com uma velocidade que outras equipes não têm. Os nossos atacantes têm condições de acompanhar esse ritmo", afirma o assistente técnico Ricardo Tabach.
O capitão brasileiro conta que já tenta trabalhar com o passe ruim desde 1994. Buscava algo que o diferenciasse mais dos outros levantadores.
"No começo, todo mundo achava que era uma coisa boba, exagerada da minha parte, que isso não existia no voleibol", relembra Ricardinho.
Nos treinos, além de cuidar dos levantamentos, a comissão técnica deu atenção especial ao saque, um dos problemas do time na conquista do hexacampeonato da Liga Mundial.
"A cobertura é outro detalhe ao qual temos nos dedicado porque vamos enfrentar bloqueios altos", afirma Tabach.
No Japão, a equipe brasileira também vai testar o fôlego dos atletas, preparado com estafantes sessões de treino.
Giba chegou a batizar os dias passados no CT de Saquarema (RJ), antes da viagem para o Japão, de "Ironman".
"A gente deu gás, correu na areia, fez musculação... Não adianta estar bem tecnicamente e não ter fôlego para agüentar a maratona do Mundial", diz Ricardinho. O time terá a primeira folga na segunda. (ML)


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