São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2008

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Com dores, Diego segue com jejum de títulos

CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Esta não tem sido a temporada de Diego Hypólito. Após sofrer cirurgia no joelho, ser abatido pela dengue e cair na final dos Jogos Olímpicos de Pequim, o ginasta brasileiro ampliou ontem seu jejum de títulos internacionais no ano.
Na etapa da Copa do Mundo em Stuttgart, o líder do ranking mundial de solo esteve quase irreconhecível no aparelho. Sentindo muitas dores nas costas, Diego cometeu uma série de erros de execução e amargou apenas a sétima colocação na decisão, com nota 14,450.
"Estou competindo com apenas 80% da minha capacidade física. Apesar de já atuar sem proteção nos pés, eu senti muitas dores nas costas. E isso me atrapalhou bastante", afirmou o ginasta paulista.
Por um erro que pode ter sido interpretado até como queda pela arbitragem, o brasileiro mais premiado em Copas do Mundo -ele soma 17 medalhas- ficou distante dos 15,400 que recebeu na fase classificatória e terminou mais de um ponto atrás do alemão Fabien Hambuechen, que faturou a medalha de ouro, com 15,525.
O britânico Kristian Thomas, com 15,450, e o israelense Alexander Shatilov, com 15,400, completaram o pódio.
"Esse período sem vitórias incomoda, sim. Mas o importante é manter os objetivos. E tenho feito isso", disse Diego, que, desta vez, não teve ao seu lado o treinador Renato Araújo, que, devido a outros compromissos, ficou no Brasil.
Assim como na Olimpíada, o erro mais grave de Diego ocorreu em elemento corriqueiro de sua série: o cristo invertido. "É um exercício obrigatório e de força. Pela primeira vez na carreira, não consegui completá-lo, porque as dores incomodavam muito", alegou. Somente essa falha implicou em desconto de 0,5 a 0,8 ponto, este último escore o equivalente ao de uma queda.
E, se passou longe do pódio no solo, o brasileiro ficou perto da medalha no salto, já que só 0,088 ponto o separou da medalha de bronze. Com 15,812, ele acabou em quarto lugar -a prova foi vencida pelo francês Thomas Bouhail, com 16,200.
Apesar de ficar sem a medalha, Diego praticamente assegurou vaga na finalíssima da Copa, evento realizado a cada dois anos e que reunirá os oitos melhores de cada aparelho no próximo mês em Madri -ele já tinha se classificado no solo.
Agora, além de aprimorar as apresentações, Diego terá que focar a recuperação física para chegar bem ao evento na espanha, no próximo dia 12.
Ainda ontem, Diego viu Daniele Hypólito terminar na oitava e última colocação na final do solo disputada no tablado do Hans Martin-Schleyer -foi uma das poucas vezes em que, juntos, os irmãos Hypólito não foram ao pódio. Daniele obteve 12,675. Com nota 15,250, a chinesa Cheng Fei venceu a prova.


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