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Com dores, Diego segue com jejum de títulos
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Esta não tem sido a temporada de Diego Hypólito. Após sofrer cirurgia no joelho, ser abatido pela dengue e cair na final
dos Jogos Olímpicos de Pequim, o ginasta brasileiro ampliou ontem seu jejum de títulos internacionais no ano.
Na etapa da Copa do Mundo
em Stuttgart, o líder do ranking
mundial de solo esteve quase
irreconhecível no aparelho.
Sentindo muitas dores nas costas, Diego cometeu uma série
de erros de execução e amargou
apenas a sétima colocação na
decisão, com nota 14,450.
"Estou competindo com apenas 80% da minha capacidade
física. Apesar de já atuar sem
proteção nos pés, eu senti muitas dores nas costas. E isso me
atrapalhou bastante", afirmou
o ginasta paulista.
Por um erro que pode ter sido interpretado até como queda pela arbitragem, o brasileiro
mais premiado em Copas do
Mundo -ele soma 17 medalhas- ficou distante dos 15,400
que recebeu na fase classificatória e terminou mais de um
ponto atrás do alemão Fabien
Hambuechen, que faturou a
medalha de ouro, com 15,525.
O britânico Kristian Thomas,
com 15,450, e o israelense Alexander Shatilov, com 15,400,
completaram o pódio.
"Esse período sem vitórias
incomoda, sim. Mas o importante é manter os objetivos. E
tenho feito isso", disse Diego,
que, desta vez, não teve ao seu
lado o treinador Renato Araújo,
que, devido a outros compromissos, ficou no Brasil.
Assim como na Olimpíada, o
erro mais grave de Diego ocorreu em elemento corriqueiro
de sua série: o cristo invertido.
"É um exercício obrigatório e
de força. Pela primeira vez na
carreira, não consegui completá-lo, porque as dores incomodavam muito", alegou. Somente essa falha implicou em desconto de 0,5 a 0,8 ponto, este
último escore o equivalente ao
de uma queda.
E, se passou longe do pódio
no solo, o brasileiro ficou perto
da medalha no salto, já que só
0,088 ponto o separou da medalha de bronze. Com 15,812,
ele acabou em quarto lugar -a
prova foi vencida pelo francês
Thomas Bouhail, com 16,200.
Apesar de ficar sem a medalha, Diego praticamente assegurou vaga na finalíssima da
Copa, evento realizado a cada
dois anos e que reunirá os oitos
melhores de cada aparelho no
próximo mês em Madri -ele já
tinha se classificado no solo.
Agora, além de aprimorar as
apresentações, Diego terá que
focar a recuperação física para
chegar bem ao evento na espanha, no próximo dia 12.
Ainda ontem, Diego viu Daniele Hypólito terminar na oitava e última colocação na final
do solo disputada no tablado do
Hans Martin-Schleyer -foi
uma das poucas vezes em que,
juntos, os irmãos Hypólito não
foram ao pódio. Daniele obteve
12,675. Com nota 15,250, a chinesa Cheng Fei venceu a prova.
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