São Paulo, quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

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Estudiantes vive a maior batalha em um Mundial

Time argentino vai à final do torneio após vencer por 2 a 1 o Pohang Steelers, rival sul-coreano que teve três expulsos

Partida em Abu Dhabi, que garante mais uma vez um sul-americano na decisão, entra para a história como a mais violenta da disputa

Fadi Al-Assaad/Reuters
Denilson festeja gol

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Estudiantes sobreviveu ao jogo mais violento da história dos Mundiais de clubes. O time argentino, que criou fama nos anos 60 e 70 de fazer jogos até bélicos, venceu por 2 a 1 o Pohang Steelers, que acabou a partida com três jogadores expulsos (e poderiam ser mais).
O resultado coloca o campeão da Libertadores na final do torneio. O adversário será Barcelona ou Atlante, equipes que duelam hoje no primeiro Mundial de Clubes realizado nos Emirados Árabes Unidos.
Ontem, foram três cartões vermelhos e cinco amarelos (sem contar jogadores que receberam amarelo antes do vermelho). O único jogo anterior em Mundial de Clubes com três expulsos foi Real Madrid 3 x 2 Raja Casablanca, em 2000. Porém nessa partida só saíram quatro amarelos (sem contar os que antecederam vermelhos) e houve expulsões dos dois lados.
O Pohang, treinado pelo brasileiro Sérgio Farias, ficou no segundo tempo sem Hwang Jae Won, Kim Jae Sung e, pior, sem o goleiro, Shin Hwa Yong, o que obrigou o atacante Denilson a ir para o gol nos minutos finais.
No primeiro tempo, o jogo já era dominado pelo Estudiantes, mas o gol inaugural saiu só nos acréscimos. E foi polêmico. Benítez cobrou falta aos 47min, Boselli partiu em posição duvidosa para cabecear a bola, e ela entrou no canto direito do goleiro sul-coreano. O campeão asiático reclamou da arbitragem já no fim da etapa inicial.
"Quando é proposto um evento como este, é muito importante que a credibilidade da competição não seja colocada em dúvida. E hoje [ontem] isso aconteceu. A credibilidade esteve ausente. Houve erros da arbitragem. O árbitro utilizou critérios diferentes para cada equipe", afirmou Farias.
Mas o juiz italiano Roberto Rosetti validaria no segundo tempo um gol do Pohang com escandaloso impedimento, e acertaria em todas as expulsões, sendo brando em outros lances ríspidos dos coreanos.
Logo aos 8min do segundo tempo, Benítez voltou a marcar. Numa jogada que começou com passe de Verón, Benítez tocou para o gol sem goleiro. E, depois, vieram as expulsões.
"O segundo tempo começou equilibrado. Com nosso segundo gol, o time coreano foi para cima. Com as expulsões, eles não tiveram possibilidades, embora tenham descontado. É difícil jogar com um atleta a menos, imagine com três a menos", falou Alejandro Sabella, o técnico do Estudiantes.
Denilson, impedido, fez o gol de honra aos 26min e depois foi para o gol por causa da expulsão de Shin Hwa Yong. Deu tempo de fazer uma defesa.
Portugal 1 x 0 Holanda ficou na história das Copas (quatro vermelhos) como o jogo mais violento. Estudiantes 2 x 1 Pohang está na história também.


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