São Paulo, quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

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Cielo turbina revezamento de bronze

NATAÇÃO
Astro dá medalha ao Brasil no 4 x 100 m livre em Dubai


Satiro Sodré/Divulgação CBDA
Brasileiros comemoram o bronze na piscina de Dubai

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

"Todo mundo pode ter um ou outro talento individual.
A gente precisava desta medalha para mostrar que temos uma equipe forte."
Foi com discurso de enaltecer seus companheiros que Cesar Cielo deixou a piscina de Dubai comemorando o bronze no revezamento 4 x 100 m livre, a primeira medalha do Brasil no Mundial de piscina curta (25 m).
Medalha que, no entanto, seria impossível sem a "turbinada" causada pelo campeão e recordista mundial dos 50 m e dos 100 m livre.
Cielo foi o único brasileiro capaz de ficar entre os três mais velozes de sua parte do revezamento. Segundo na série nacional, pulou na água com o país na sexta posição.
Ao entregar para o novato Marcelo Chierighini, já era o primeiro. Fruto da marca de 45s08 feita por ele. De longe, a melhor da prova -o francês Fabien Gillot, com 45s75, foi o segundo mais rápido.
Nicholas Santos, que abriu o revezamento, fez 47s33. Apesar de ter feito sua melhor marca do ano (a anterior era 47s35), só conseguiu bater na frente dos nadadores de Estados Unidos e China.
Aí, surgiu Cielo e a liderança que não pôde ser mantida por Chierighini. O atleta de 19 anos, estreante em grandes eventos, fez 47s02, quinto melhor tempo de sua série, e caiu para o terceiro lugar.
Coube a Nicolas Oliveira a tarefa de manter o Brasil no pódio. Ele nadou seus 100 m em 46s31, marca que, mesmo descontada a diferença de tempo de reação natural de provas de revezamento, é mais expressiva do que sua melhor da temporada.
Conseguiu ser o quarto colocado da série e manter o bronze. O Brasil marcou 3min05s74, novo recorde sul-americano, deixando para trás os Estados Unidos, hegemônicos na prova e que levaram a Dubai força quase completa -Nathan Adrian, Ryan Lochte e Garrett Weber-Gale, da equipe A, participaram o revezamento.
Lá na frente, França e Rússia fizeram duelo equilibrado pelo ouro. Com Gillot, Alain Bernard, Fred Bousquet e Yannick Agnel, os franceses anotaram 3min04s78, quatro centésimos mais velozes que a equipe russa, que foi prata.
Na madrugada de hoje, Cielo reencontraria vários dos seus rivais do revezamento nas eliminatórias do 50 m livre. Na disputa individual, não tem como objetivo uma mera medalha, mas sim o ouro na final de amanhã.


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