São Paulo, quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Palmeiras usa o Paulista para medir novo status

Torneio marca volta de Luxemburgo, que deu o último título estadual ao clube

Diretoria, que trouxe nomes de peso como o meia Diego Souza, começa a apostar em 2008 hoje, na estréia diante do Sertãozinho, em Barueri


Almeida Rocha/Folha Imagem
O meia chileno Valdivia, titular do Palmeiras, descansa no CT


RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Passar este ano em branco só será mais devastador ao Palmeiras do que foi 2002, temporada do descenso no Brasileiro. Do roupeiro ao presidente, todos esperam um 2008 com cara de mudança. E ela começa hoje, às 19h30, contra o Sertãozinho.
Mudança, principalmente, de postura. Sai o time mediano, dirigido por um técnico novato e com o estigma de nadar, nadar, e morrer na praia. Entra uma equipe reforçada no elenco e, principalmente, no banco.
Sob a batuta de Vanderlei Luxemburgo, um dos profissionais mais bem pagos da área (fala-se em quase R$ 500 mil mensais), o desafio é reconquistar o Paulista, título que a torcida não celebra desde 1996. Por sinal, quando o time era dirigido pelo atual treinador.
"Não existe obrigação de ganhar o Paulista porque o Palmeiras não o ganha há muito tempo. A obrigação é porque o time está aqui para vencer campeonatos", afirmou o técnico.
Luxemburgo, que se diz avesso às marcas pessoais, é dono de sete taças do Estadual em sua coleção -1990 (Bragantino), 1993, 1994 e 1996 (Palmeiras), 2001 (Corinthians) e 2006 e 2007 (Santos).
E a aposta do Palmeiras não foi apenas no técnico. Com ajuda da Traffic, empresa de marketing esportivo que prometeu injetar cerca de R$ 40 milhões no clube, a diretoria contratou o ala Élder Granja, o meia Diego Souza e os atacantes Alex Mineiro, Jorge Preá e Lenny. Outros nomes interessam.
Isso tudo após o clube anunciar o novo patrocinador, a Fiat, que deve colocar aproximadamente R$ 12 milhões por ano no Palmeiras -contra cerca de R$ 7 milhões da Pirelli, que estampou sua marca na camisa alviverde durante sete anos.
Resumindo, o ambiente de 2008 é outro no Parque Antarctica. Até o discurso dos atletas, que no ano passado adotavam a cautela em primeiro lugar, mudou.
"Uma coisa que me marcou bastante durante a pré-temporada é que eles começaram a falar de conquistas. Já vi que eles estão com o discurso que um atleta do Palmeiras precisa ter", ressaltou o treinador.
O status vencedor de Luxemburgo motiva os jogadores, ainda mais os que já trabalharam com ele. "Eu gosto de trabalhar com ele. Já conquistou todos os títulos possíveis", afirmou o ala-esquerdo Leandro.
É claro que o vôo palmeirense para esta temporada não pretende passar somente pelo Paulista. A meta dos dirigentes é classificar o time para a Libertadores de 2009, seja vencendo a Copa do Brasil, seja obtendo uma das vagas no Brasileiro.
Por ora, a torcida terá de se deslocar até a Arena Barueri -palco, a princípio, dos três primeiros jogos do time como mandante- para ver o novo Palmeiras. O Parque Antarctica, em reforma, será reaberto no dia 9 de fevereiro. Até lá, ela espera já ter uma idéia se, com Luxemburgo, poderá sonhar com títulos novamente.


Texto Anterior: Tênis de mesa: Brasil define time do mundial da China
Próximo Texto: Figura: Preá relega Diego Souza a 2º plano
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.