São Paulo, quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

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Até Marcos vive dias de penúria no Palmeiras

Contra o São Caetano, goleiro tenta evitar sua 12ª partida seguida sofrendo gol

Nos únicos dois jogos em que não foi vazado nesta temporada, equipe do Parque Antarctica não teve o pentacampeão em campo

Cesar Greco/Fotoarena/Folhapress
Marcos defende em treino do Palmeiras, que nesta noite pega o São Caetano no Parque Antarctica

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando um centroavante fica 11 jogos seguidos sem marcar um gol, a crítica é certa.
Quando um goleiro é vazado em 11 partidas consecutivas, o mesmo deveria acontecer, a não ser que o jogador em questão seja Marcos, 36, campeão mundial na Copa de 2002.
Hoje, contra o São Caetano, às 21h50, no Parque Antarctica, o maior ídolo palmeirense tem a chance de quebrar uma longa série de jogos em que sempre busca a bola nas redes, rara para um goleiro de time grande.
São sete partidas pelo Paulista-10 e quatro pelo Brasileiro- -09 nas quais Marcos foi vazado. Nessa série, ele sofreu 18 gols, ou média de 1,64 por jogo, quase 25% mais do que a média total da sua carreira -e número de goleiro de time mediano.
Para piorar o retrospecto do pentacampeão, nas únicas duas vezes em que o Palmeiras não levou gol no ano (contra Monte Azul e Flamengo-PI), ele estava machucado -jogou Deola.
Em 2010, o são-paulino Rogério ficou invicto em cinco das nove partidas do São Paulo. Mesmo com seguidas falhas, o corintiano Felipe não foi vazado duas vezes na temporada. Até o novato arqueiro santista, xará do titular do Corinthians, sentiu o gosto de terminar uma partida sem gol sofrido por três oportunidades neste ano.
Até agora, Marcos passou incólume pela saraivada de críticas que tem atingido o Palmeiras de Muricy Ramalho. Até mesmo quando teve atuações duvidosas, como no lance do gol de Jorge Henrique no clássico contra o Corinthians, quando ele saiu de forma atabalhoada e não conseguiu cortar o cruzamento de Tcheco.
Com o ídolo em fase ruim, o Palmeiras tem a pior defesa entre os grandes no Paulista. Já o ataque supera o de Corinthians e São Paulo. Assim, começa a nona rodada em sétimo lugar.
Hoje, na volta ao Parque Antarctica depois de três jogos longe de seu estádio, enfrenta um rival em situação parecida na tabela -o São Caetano é o nono colocado, com só dois pontos a menos que o time de Muricy, que mudará os dois laterais em relação ao time que empatou no último sábado contra o Botafogo (1 a 1).
Após cumprir suspensão, o chileno Figueroa volta à lateral direita. Na esquerda, sai o colombiano Armero e entra Wendel, destro, volante de origem, que havia atuado pelo lado direito em Ribeirão Preto.
"É o futebol moderno. Você tem que estar preparado para todas as situações. Você precisa ser versátil", disse Wendel.
Como alento, o Palmeiras terá pela frente nesta noite um oponente em decadência. Depois de lutar pela liderança nas três primeiras rodadas, quando ganhou sete dos nove pontos possíveis, o São Caetano somou só quatro nos últimos cinco jogos. O time vem de derrota em casa para o Rio Branco, que é apenas o 16º colocado.
A diretoria do Palmeiras prossegue esperando por detalhes burocráticos para anunciar oficialmente a contratação do atacante Ewerthon.


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