Diante do Mogi Mirim, Corinthians deve ter sua nona formação neste Paulista

Treinador prevê time titular para estreia na Libertadores, mas ressalva que equipe sempre pode mudar até chegar aos 11 definitivos

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao retardar a escalação de seu time ideal e promover rodízio entre os titulares, o técnico Mano Menezes repete estratégia vitoriosa aplicada no Corinthians em 2009.
Até agora, o treinador utilizou oito formações diferentes neste início do Paulista. Também foi assim no mesmo número de jogos do ano passado.
Não será diferente, hoje, diante do Mogi Mirim, em rodada em que o time tenta se manter entre os quatro primeiros da fase de classificação.
O time ideal de Mano só deve aparecer diante do Racing, do Uruguai, na estreia na Libertadores, na próxima semana. É possível que exista uma prévia contra o Rio Branco, no sábado.
Mas, mesmo no início da competição continental, não será certeza de que o Corinthians apresentará seus 11 jogadores titulares definitivos, como deixa claro Mano. Basta observar o ano passado.
Apenas no primeiro jogo da semifinal do Paulista, diante do São Paulo, que o Corinthians escalou pela primeira vez sua formação campeã da Copa do Brasil. Esse time tinha Dentinho e Jorge Henrique ao lado de Ronaldo no ataque.
"Vamos formando a equipe aos poucos. Tem vezes que temos uma ideia de como queremos que jogue. Mas isso não se confirma em campo", disse Mano, ao ressaltar que os titulares da estreia na Libertadores não ganharão de vez a posição.
O treinador corintiano lembrou que, no ano passado, não tinha todos os jogadores até a semifinal do Paulista. É o mesmo que tem ocorrido nesta temporada. Com Ronaldo ainda fora -voltou a treinar anteontem-, o time ainda não conta com Dentinho e Danilo, em recuperação de contusões.
Também reprisando o ano passado, Mano implantou um rodízio bem menor na defesa em relação ao setor ofensivo.
Em 2009, os mesmos seis jogadores formavam duas linhas atrás. Neste ano, houve mais alterações. Mas a base de defensores, formada por Alessandro, Chicão, William e Roberto Carlos, também atuou bastante.
À frente é que surgem as dúvidas. E o técnico tem até variado esquemas, também repetindo 2009. No ataque, já escalou três, dois ou um, isolado.
Mano reconhece que o rodízio gera ansiedade no torcedor, à espera do time titular. E promete, no futuro, atendê-lo.
"Nós teremos um time de 1 a 11. Acredito em uma formação definitiva. Poderemos ter variações porque temos qualidade. Mas não haverá tantas mudanças como agora", sentenciou. (RODRIGO MATTOS)