São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

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JUCA KFOURI

Fenômeno pós-Pelé


É inevitávelque surjam as comparações. Qual seria o lugar de Ronaldo entre os maiorais?


RONALDO FENÔMENO, sob qualquer critério, está entre os primeiros na história do futebol.
Se valesse só o ranking da Fifa, que surgiu em 1991, seria o maior de todos, ao lado de Zidane, cada um eleito três vezes.
Se valessem apenas os registros e as lendas, estaria na lista que tem Pelé, Garrincha, Maradona, Cruyff, Di Stéfano, Zizinho, Beckenbauer, Van Basten, Romário, Bobby Charlton, Rivaldo, Leônidas da Silva, Friedenreich e... como é difícil parar de listar gênios, só gênios do futebol.
Que nem sempre são meias ou atacantes. Como Baresi, como Nilton Santos, como Domingos da Guia, e aqui são citados os vistos e os lidos. Como Ademir de Menezes, que era atacante e somente lido.
É claro que em qualquer lista de gênios têm de entrar, da era pós-Pelé, Falcão, Zico, Sócrates, Reinaldo, Careca, assim como Ronaldinho Gaúcho, Kaká (mais eficaz que genial) e Cristiano Ronaldo, para não falar de Messi, extraordinário.
Ora, que ninguém pense que Rivellino não será citado, ou Tostão, mas estes, como Gerson, não são só pós, são durante e também gênios, foras de série, imortais.
Lugar há, ainda, para Ademir da Guia, para Dirceu Lopes, para Canhoteiro, acredite, o Mané Garrincha pela esquerda, para Pagão e Coutinho, parceiros do rei Pelé.
E para Didi, o primeiro brasileiro eleito o melhor jogador do mundo, depois da Copa de 1958, na Suécia, na que surgiram Pelé e Mané, só para que se tenha uma ideia de quem foi mestre Didi.
Ronaldo Fenômeno tem lugar ao lado, acima, abaixo de todos eles, mais acima que ao lado ou abaixo, pela sua saga de recuperação.
Veja que, com tantas citações, em mais de cem anos de futebol, não chegamos a 40 nomes, e certamente haverá esquecimentos imperdoáveis, como não citar Eusébio, Figueroa, Gamarra, Darío Pereyra, Djalma Santos, Mauro Ramos de Oliveira, Stan- ley Mathews, Bobby Moore, Carlos Alberto Torres ou tantos goleiros geniais.
Mas se aqui é um espaço só para fenômenos, gente que parou o mundo, fiquemos com Pelé, Maradona, Romário e Ronaldo.
Porque esses, de fato, paralisaram estádios, magnetizaram o planeta, e não apenas por poucas temporadas. Mas por toda a carreira e já na aldeia global.
Como Lionel Messi ameaça fazer -e tomara que faça, para felicidade da Terra.

blogdojuca@uol.com.br


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