São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2005

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FUTEBOL

Time, único invicto da elite nacional, empata com Quilmes na Libertadores

São Paulo sai do zero na Argentina, mas deixa topo

Natacha Pisarenko/Associated Press
O volante Mineiro disputa bola com Diego Torres, do Quilmes, na partida em que o São Paulo manteve sua invencibilidade no ano


DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo empatou em 2 a 2 com o Quilmes ontem à noite, na Argentina, e perdeu a chance de quebrar a escrita de nunca ter vencido um time argentino fora de casa em jogos da Libertadores.
O time do técnico Emerson Leão chegou a estar vencendo a partida por 2 a 1, mas permitiu a igualdade. O resultado impediu que a equipe retomasse a liderança, que segue com a Universidad de Chile, que soma seis pontos. O São Paulo aparece logo atrás, com um ponto a menos.
"Empatamos um jogo que poderíamos ter vencido. Fizemos 2 a 1 e sabíamos que a jogada forte deles era o cruzamento no segundo pau. Mas futebol é assim mesmo", lamentou o meia Danilo.
Mas, se o time não obteve os três pontos, volta para o Brasil como a única equipe da Série A invicta na temporada, já que o Brasiliense foi derrotado ontem pelo Atlético-MG pela Copa do Brasil.
O São Paulo vai ter uma pausa agora pela Libertadores e só volta a jogar no dia 13 de abril, no Morumbi. O adversário é o próprio Quilmes, que encerrou o primeiro turno dessa fase de classificação com quatro pontos. O Strongest segue na lanterna: um ponto.
Apesar de se dizer vacinado contra a pressão argentina dentro de campo, o São Paulo começou o jogo assustando a sua torcida. Com dez minutos, a equipe já tinha sido ameaçada em duas oportunidades pelo time da casa.
Mas foi numa lambança da defesa são-paulina que o Quilmes ficou em vantagem na partida. Lugano dominou a bola e tirou Rogério, que saía do gol, da jogada. O atacante Osório acompanhava o lance e só tocou a bola para as redes: 1 a 0 aos 13min.
Irritado, o técnico Emerson Leão fez sinal para o banco sinalizando com os dedos de que era a segunda vez que a defesa do São Paulo falhava nesse tipo de jogada em jogos da Libertadores -em lance idêntico, Edcarlos e Rogério se atrapalharam e permitiram o gol da Universidad de Chile.
Sem Josué em campo, e com Renan atuando como um terceiro zagueiro para auxiliar Fabão e Lugano na defesa, o São Paulo não mostrava rapidez para acionar os seus atacantes. Alê, que entrou no meio para apertar na marcação, ficou perdido em campo.
O primeiro bom momento do time só veio aos 32min, em chute de Danilo, que a zaga desviou e quase fez contra.
Com a vantagem, o Quilmes travou o jogo com faltas no meio, minando a reação são-paulina, que atacava desordenadamente.
O time de Emerson Leão voltou para o segundo tempo mais determinado, e numa jogada de Danilo, Diego Tardelli empatou aos 3min. O gol derrubou o tabu de o São Paulo nunca ter balançado as redes contra os argentinos fora de casa pela Libertadores e deu um novo ânimo ao time.
O empate forçou o Quilmes a sair para o jogo, e o São Paulo adotou o contra-ataque como principal arma. E, aos 21min, veio a virada. Grafite partiu para cima da marcação e na entrada da área bateu forte: 2 a 1.
Preocupado em reforçar seu poder defensivo, Leão tirou Alê para a entrada de Daniel Rossi e sacou Diego Tardelli colocando Edcarlos. No entanto uma falha de marcação acabou complicando a estratégia do treinador brasileiro.
Caneo, livre de marcação, só completou de cabeça um cruzamento da direita e faz 2 a 2.
O São Paulo ainda perdeu a chance de fazer o terceiro com Danilo. No final, o Quilmes tentou botar pressão, mas teve que se contentar com o empate.
O São Paulo volta a jogar no próximo sábado, pelo Paulista, e recebe o Marília, no Morumbi.


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