São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2005

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FUTEBOL

Enquanto negocia com Luis Fabiano e Juninho, equipe só empata com o Santo André, mas segue líder na Libertadores

Palmeiras tropeça e sonha com reforços

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Dentro de casa, o Palmeiras perdeu a chance de abrir vantagem na liderança do Grupo 4 da Taça Libertadores. Diante do Santo André, o time só empatou em 1 a 1 e agora soma cinco pontos em três jogos. É seguido pelos venezuelanos do Deportivo Táchira (três pontos em dois jogos). Cerro Porteño (PAR) e Santo André somam dois pontos cada um.
Enquanto tropeça, o time tenta sonhar alto nas contratações. A diretoria vê boas possibilidades de contar com o meia Juninho e com o atacante Luis Fabiano.
No caso do pentacampeão Juninho, a questão é apenas temporal. O Palmeiras quer assinar por um ano com o jogador do Celtic, da Escócia, enquanto ele quer dois anos. A Luis Fabiano, que passa por problemas particulares e demonstra vontade de voltar ao Brasil, o clube propõe ao Porto, de Portugal, um empréstimo por um ano. Parte dos encargos salariais seria paga pelo Palmeiras.
Enquanto vai com o que tem, o Palmeiras faz a torcida sofrer. O jogo de ontem começou bastante truncado de parte a parte. As duas equipes congestionavam o meio-campo, e o espetáculo não era bom no Parque Antarctica.
Aos 10min, o Palmeiras teve sua melhor chance de gol, quando Correa rolou a bola para Pedrinho, que soltou uma bomba de canhota. O chute passou perto da trave esquerda de Júlio César.
Aos 36min, Diego Souza desperdiçou outra grande chance ao pegar um rebote e chutar rasteiro. A bola desviou num zagueiro rival e subiu. Depois, quase ao fim da etapa, Diego Souza deu bom passe para Osmar, que não pegou bem mas, ainda assim, obrigou Júlio César a defender no susto.
Já o goleiro Marcos teve pouco trabalho em todo o primeiro tempo, diante de um Santo André que privilegiava a defesa.
Na segunda etapa, Candinho sacou Diego Souza e pôs Ricardinho, trazendo Pedrinho para a armação e apostando em maior poder ofensivo na nova dupla de ataque. Mas o time ainda desandava a perder gols. Ricardinho teve sua primeira chance quando rasgou a área adversária pela ponta esquerda e chutou para fora.
Os palmeirenses melhoraram e cresceram na partida, pressionando ininterruptamente o Santo André em sua metade do campo. A essa altura, a chuva apertou no Parque Antarctica. Aos 27min, em jogada muito parecida com a de Ricardinho, o lateral Lúcio se livrou de um marcador e chutou. Novamente, a bola foi para fora.
O gol só saiu aos 32min, quando Pedrinho recebeu passe açucarado de Correa, esperou a bola quicar e emendou um chute forte de perna esquerda, sem chance de defesa para Júlio César.
A alegria durou pouco. Aos 36min, Sandro Gaúcho chutou prensado, e a bola sobrou para Ramalho, dentro da área. O volante rolou para Rafinha, que chutou rasteiro, com força, direto ao gol de um Marcos estático, decretando o empate em 1 a 1.
""Podíamos ter ganhado. O importante é que o time mostrou espírito de Libertadores", disse o técnico palmeirense, Candinho.
O Palmeiras volta à disputa da Libertadores apenas em 19 de abril, quando enfrenta novamente o Santo André, no ABC paulista. Neste fim de semana, a equipe joga no Morumbi o clássico contra o Corinthians, pelo Paulista.


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