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Sob pressão, Jade estréia na Copa de ginástica
Atleta-prodígio do país, carioca terá a missão de conquistar pódio na França
Na primeira grande prova, ginasta mais jovem a fazer
o duplo twist carpado de Daiane tenta cumprir plano da CBG, que exige medalha
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Ela é a atleta-prodígio da seleção, tem superado uma a uma
as principais estrelas do país e
realiza hoje na França sua estréia no grande circuito da ginástica artística internacional.
Com apenas 1,50 m e 15 anos,
Jade Barbosa tentar mostrar
aos europeus hoje, na abertura
da etapa da Copa do Mundo de
Paris-Bercy, por que se tornou
há dois anos a ginasta mais jovem a executar o duplo twist
carpado, movimento de alto
grau de dificuldade que consagrou Daiane dos Santos.
"Eu só quero competir bem.
Nunca fui a uma etapa da Copa
antes, então é um momento
importante para a minha carreira e para o meu sonho de ir à
Olimpíada", afirma Jade, atual
campeã de salto e solo do país.
Em sua estréia, a atleta carioca terá a missão de substituir à
altura a gaúcha Daiane e as
paulistas Daniele Hypólito e
Laís Souza, que não viajaram
por não estarem hoje no melhor da forma física. E mais: a
adolescente será a responsável
por manter, com mais pódios, o
sucesso do país na Copa.
"A gente vem para ganhar
medalha, não só competir. Já
passamos dessa fase. A Jade foi
escolhida porque está fisicamente melhor e também porque queremos testá-la para o
Pan", diz Eliane Martins, supervisora de seleções da Confederação Brasileira de Ginástica.
Até hoje o país soma 57 pódios na Copa (40 no feminino),
que integra a maior série de
eventos da ginástica, só inferior
a Mundial e Olimpíada. E, desde 2003, o Brasil não deixa de ir
a uma final feminina na França.
Revelada no Flamengo em
1998 por Georgette Vidor (que
classificou a atleta como uma
em 1 milhão, pelo talento) e há
dois anos na seleção, Jade será
colocada à prova nos quatro
aparelhos (solo, trave, salto e
paralelas), o que não é muito
comum. E, apesar da confiança,
não sabe como reagirá ao entrar no ginásio do Omnisports.
"Só na hora mesmo... Não fico pensando em ter que conquistar medalha nem tenho superstição. Creio que posso sentir um frio na barriga", diz ela,
cujo nome foi inspirado em
"Amor sem Fim", filme de 1981
estrelado por Brooke Shields.
"Ela é um fenômeno. A melhor atleta de uma geração. É
claro que ainda está se situando
num grande evento, mas ginástica ela tem para encarar qualquer adversária em nível mundial", avalia Diego Hypólito,
maior nome do esporte no país
e que também atua na Copa.
Mas a ambientação de Jade
não será fácil. Ao lado de Juliana Santos (que já disputou Copa e Mundial em 2006), ela irá
encarar 61 rivais de 28 países,
entre elas Oksana Chusovitina
(ALE), Ye Fan (CHN), Vanessa
Ferrari (ITA) e Patricia Moreno (ESP), sem contar russas,
romenas e ucranianas.
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