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Em campo ruim, Palmeiras saboreia a terceira virada
Equipe de Luxemburgo foi pior no 1º tempo, mas obteve goleada sobre São Paulo com três pênaltis na etapa final
Palmeiras 4
São Paulo 1
DOS ENVIADOS A RIBEIRÃO PRETO
A rivalidade superou dificuldades e deficiências e permitiu
que Palmeiras e São Paulo fizessem um dos melhores jogos
do Paulista deste ano, ontem,
em Ribeirão Preto.
Uma partida em que os alviverdes viram o São Paulo dominar o primeiro tempo, cresceram e se aproveitaram de opções táticas precisas de Vanderlei Luxemburgo e de três
pênaltis -dois indiscutíveis-
assinalados pelo árbitro.
No primeiro pênalti, o experiente Júnior derrubou Valdivia, e Denílson fez o 2 a 1, aos
32min. No segundo, Juninho
puxou pela camisa Kléber, em
posição duvidosa de impedimento, e foi expulso.
Foi a vez de Valdivia, o nome
do jogo, decretar o 3 a 1, aos
36min. Quando Richarlyson
acertou Diego Souza por trás, a
própria vítima fechou o placar
em 4 a 1, aos 47min.
No Estadual, representou a
terceira virada consecutiva do
Palmeiras e a quarta vitória seguida. "O time está de parabéns
pelo poder de reação e pela determinação que mostrou", afirmou Diego Souza ao sair.
Castigado e tomado por poças devido à forte chuva que
cessou pouco antes do jogo, o
gramado do Santa Cruz não era
propício para a bola no chão.
Valdivia e Carlos Alberto tinham dificuldades no drible, e
as zagas não paravam em pé.
Mesmo assim, a vantagem
era maior para o São Paulo, que
nessas circunstâncias apostou
na bola aérea endereçada a
Adriano e Borges.
Sem a progressão terrestre
de Valdivia (que demorou a reparar a dificuldade de jogar pelo chão), o Palmeiras tinha sua
melhor jogada pela esquerda,
onde Leandro aparecia com desenvoltura para cruzar na área.
O São Paulo chegou a marcar
com Richarlyson pegando o rebote de Marcos, mas a arbitragem assinalou impedimento de
Borges, que não houve, na dividida com o goleiro.
Reclamações com o juiz não
faltaram. Kléber acertou cotovelada em André Dias dentro
da área e não foi expulso quando o jogo estava 0 a 0.
Zé Luís se agachou com o peito para parar a bola, e os palmeirenses pediram pênalti, na
etapa inicial. Mas o final do primeiro tempo foi eletrizante:
em escanteio batido por Jorge
Wagner, Adriano subiu mais alto que seus marcadores e cabeceou sem chances para Marcos.
Eram 39min, e o centroavante
celebrou o gol muito à vontade,
erguendo a bandeirinha de escanteio como um cetro.
A festa são-paulina durou
apenas cinco minutos. Após
desvio de Valdivia, Kléber deu
um corte seco em Juninho e
chutou no canto direito de Rogério, dando vigor aos verdes.
No intervalo, Luxemburgo
sacou Wendel, um dos mais
dispersos do Palmeiras, e pôs
Martinez. Muricy tirou Carlos
Alberto, que começou bem e
caiu ao longo do jogo, e lançou
Joílson em seu lugar. Dez minutos depois, o Palmeiras, que
jogava melhor, teria Denílson
na vaga de Alex Mineiro.
O São Paulo reequilibrou o
jogo e teve chances claras com
Borges e Adriano. Aí vieram os
pênaltis que sepultaram as esperanças do São Paulo de permanecer no G4 e fizeram a festa palmeirense.
""Temos de saborear a vitória
pois o São Paulo foi um grande
adversário e conseguimos deixar um rival importante para
trás", disse Luxemburgo.0
(MÁRVIO DOS ANJOS E RENAN CACIOLI)
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