São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 2008

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Em campo ruim, Palmeiras saboreia a terceira virada

Equipe de Luxemburgo foi pior no 1º tempo, mas obteve goleada sobre São Paulo com três pênaltis na etapa final

Palmeiras 4
São Paulo 1

DOS ENVIADOS A RIBEIRÃO PRETO

A rivalidade superou dificuldades e deficiências e permitiu que Palmeiras e São Paulo fizessem um dos melhores jogos do Paulista deste ano, ontem, em Ribeirão Preto.
Uma partida em que os alviverdes viram o São Paulo dominar o primeiro tempo, cresceram e se aproveitaram de opções táticas precisas de Vanderlei Luxemburgo e de três pênaltis -dois indiscutíveis- assinalados pelo árbitro.
No primeiro pênalti, o experiente Júnior derrubou Valdivia, e Denílson fez o 2 a 1, aos 32min. No segundo, Juninho puxou pela camisa Kléber, em posição duvidosa de impedimento, e foi expulso.
Foi a vez de Valdivia, o nome do jogo, decretar o 3 a 1, aos 36min. Quando Richarlyson acertou Diego Souza por trás, a própria vítima fechou o placar em 4 a 1, aos 47min.
No Estadual, representou a terceira virada consecutiva do Palmeiras e a quarta vitória seguida. "O time está de parabéns pelo poder de reação e pela determinação que mostrou", afirmou Diego Souza ao sair.
Castigado e tomado por poças devido à forte chuva que cessou pouco antes do jogo, o gramado do Santa Cruz não era propício para a bola no chão. Valdivia e Carlos Alberto tinham dificuldades no drible, e as zagas não paravam em pé.
Mesmo assim, a vantagem era maior para o São Paulo, que nessas circunstâncias apostou na bola aérea endereçada a Adriano e Borges.
Sem a progressão terrestre de Valdivia (que demorou a reparar a dificuldade de jogar pelo chão), o Palmeiras tinha sua melhor jogada pela esquerda, onde Leandro aparecia com desenvoltura para cruzar na área.
O São Paulo chegou a marcar com Richarlyson pegando o rebote de Marcos, mas a arbitragem assinalou impedimento de Borges, que não houve, na dividida com o goleiro.
Reclamações com o juiz não faltaram. Kléber acertou cotovelada em André Dias dentro da área e não foi expulso quando o jogo estava 0 a 0.
Zé Luís se agachou com o peito para parar a bola, e os palmeirenses pediram pênalti, na etapa inicial. Mas o final do primeiro tempo foi eletrizante: em escanteio batido por Jorge Wagner, Adriano subiu mais alto que seus marcadores e cabeceou sem chances para Marcos. Eram 39min, e o centroavante celebrou o gol muito à vontade, erguendo a bandeirinha de escanteio como um cetro.
A festa são-paulina durou apenas cinco minutos. Após desvio de Valdivia, Kléber deu um corte seco em Juninho e chutou no canto direito de Rogério, dando vigor aos verdes.
No intervalo, Luxemburgo sacou Wendel, um dos mais dispersos do Palmeiras, e pôs Martinez. Muricy tirou Carlos Alberto, que começou bem e caiu ao longo do jogo, e lançou Joílson em seu lugar. Dez minutos depois, o Palmeiras, que jogava melhor, teria Denílson na vaga de Alex Mineiro.
O São Paulo reequilibrou o jogo e teve chances claras com Borges e Adriano. Aí vieram os pênaltis que sepultaram as esperanças do São Paulo de permanecer no G4 e fizeram a festa palmeirense.
""Temos de saborear a vitória pois o São Paulo foi um grande adversário e conseguimos deixar um rival importante para trás", disse Luxemburgo.0 (MÁRVIO DOS ANJOS E RENAN CACIOLI)

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