São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2011 |
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"Café com leite" domina a Superliga VÔLEI Sete dos oito classificados para mata-matas são do eixo SP-MG MARIANA BASTOS DE SÃO PAULO Os mata-matas da Superliga, cujos confrontos serão definidos hoje, consolidaram o domínio do "café com leite" no vôlei masculino do país. Tal qual a República Velha (1889-1930), período em que se alternavam no poder presidentes de São Paulo e de Minas Gerais, as quartas de final da Superliga contarão com sete equipes desse eixo. Os representantes paulistas nos mata-matas são Sesi, Pinheiros, Campinas e Vôlei Futuro. Os mineiros são Minas, Montes Claros e Cruzeiro. O único intruso é o Florianópolis, defensor do título. Desde a temporada 2002/ 2003, quando as quartas de final foram reincorporadas no regulamento, a fase final não contava com representantes de tão poucos Estados. A concentração preocupa a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei). "Quanto mais pulverizado, melhor. Seria ótimo se tivesse um time do Rio Grande do Sul, Nordeste ou Centro-Oeste [nos mata- -matas]", declara Sérgio Negrão, gerente da unidade técnica de quadra da CBV. Negrão afirma que o regulamento da Superliga impõe um limite de representantes por Estado, que é de 50%. No atual torneio, sete das 15 equipes são paulistas. Segundo o dirigente, a concentração é motivada por um aspecto mercadológico. "Hoje, São Paulo e Minas têm campeonatos regionais muito bem organizados, e isso acaba atraindo patrocinadores", diz o gerente. Tradicional polo do vôlei no Brasil, o Rio Grande do Sul, que soma quatro títulos na Superliga masculina, não terá uma representante entre as oito melhores equipes pela primeira vez em oito anos. O único time gaúcho, a Sogipa, está em 12º lugar e não tem mais chance de classificação. A equipe contou com um dos aportes mais modestos -cerca de R$ 700 mil. O vice-presidente da federação gaúcha, Carlos Alberto Cimino, diz que o ocaso do vôlei local se deve à falta de uma lei de incentivo estadual que atraia patrocinadores. Para ele, se o projeto de lei, em tramitação na Assembleia Legislativa, for aprovado, o vôlei gaúcho pode voltar a ser tão competitivo como em Minas e São Paulo. Texto Anterior: Explosão Próximo Texto: Florianópolis terá o retorno de Bruno Índice | Comunicar Erros |
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