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ATLETISMO
Boston dá largada em ranking de atletas de rua
Maratonas imitam Liga de Ouro e criam corrida por US$ 1 milhão
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos eventos mais populares
do atletismo, as maratonas dão
largada para a maior premiação já
oferecida em corridas de rua.
O circuito de maratonas, que será inaugurado hoje, na 110ª edição
da prova de Boston, contará pontos nas principais competições do
mundo e dará prêmio de US$ 1
milhão (R$ 2,14 milhões) aos vencedores do masculino e feminino.
"Boston dará início a duas corridas. Uma delas será encerrada
em pouco mais de duas horas. A
outra, entre os melhores do mundo, só acabará após 18 meses",
destacou Mary Wittenberg, diretor da Maratona de Nova York.
O ranking irá computar o desempenho dos atletas nas competições de Boston, Londres, Berlim,
Nova York e Chicago, consideradas as mais importantes do ano.
"Acho que a iniciativa é boa. O
total de pontos definirá o melhor
corredor do mundo", comentou
Mebrahtom Keflezighi, eritreu
naturalizado norte-americano,
que conquistou a prata na maratona nos Jogos de Atenas-04 e é
um dos favoritos em Boston.
A premiação do circuito das
maratonas será o equivalente das
ruas para a Liga de Ouro, que reúne os seis principais eventos de
pista do calendário e divide US$ 1
milhão entre os atletas que levarem o ouro em todas as provas.
Embora seja bancado por patrocinadores privados, o circuito
de maratonas é sintoma de estratégia da Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) de promover contínua valorização das corridas de rua.
Em 2003, a federação internacional passou a dar status de recorde mundial para as marcas obtidas em provas de rua, desde que
fossem oficializadas por ela.
Para obter a chancela da Iaaf, a
corrida precisa obedecer a alguns
critérios, como ser medida por
um profissional credenciado e
promover teste antidoping.
A federação também decidiu alterar o formato dos Mundiais de
corridas de rua, que não vinham
despertando muito a atenção internacional. A partir desta temporada, o evento passará a aceitar a
participação de atletas amadores
-uma maneira de popularizar a
corrida- e deixará a critério do
país organizador determinar a
distância da prova.
"Acreditamos que o esporte
atingiu um novo nível e tínhamos
a obrigação de conduzi-lo ao futuro", afirma Guy Morse, diretor
da Maratona de Boston.
Com agências internacionais
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