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casa nostra?
Palmeiras joga em palco neutro
Mais da metade do elenco titular tem pouca rodagem no Parque Antarctica com a camisa alviverde
Enquanto atletas buscam familiarização com estádio, Luxemburgo vai dirigir time pela centésima vez no palco do clássico de domingo
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras venceu a disputa
com o São Paulo para poder jogar em casa a segunda partida
da semifinal do Paulista. O problema é que, aos olhos do atual
elenco, o Parque Antarctica é
tão neutro quanto o Morumbi.
Dos 11 prováveis titulares
que jogarão no domingo, 6 têm
pouca rodagem no estádio com
a camisa alviverde.
Frutos da renovação de elenco feita pelo clube para esta
temporada, eles ainda deram o
azar de chegar ao Palmeiras em
ano de reforma na casa.
Reaberto somente na 11ª rodada do Estadual, o Parque Antarctica recebeu quatro duelos
do time na temporada.
Ou seja, para atletas como o
atacante Alex Mineiro e o lateral-direito Élder Granja, que
participaram dos quatro jogos,
a casa palmeirense lhes é tão familiar quanto a Arena Barueri
-onde atuaram em três oportunidades no torneio.
"Realmente, o que vai fazer
diferença é a pressão da torcida. O adversário sabe que estará jogando na casa do Palmeiras. Não é o fato de conhecer o
campo ou não", disse Granja.
O atacante Denílson, que tem
entrado freqüentemente no time titular, minimiza a pouca
familiarização com o estádio.
Ele também esteve presente
aos quatro confrontos do time
em seus domínios.
"Não pode ficar se preocupando em detalhe de ter jogado
bastante no Parque Antarctica
ou não. É o jogo da vida do Palmeiras, não tem outra chance.
Vai ter de ir para dentro do São
Paulo de qualquer maneira."
Outros atletas, porém, não tiveram nem a oportunidade de
jogar todas em casa. Para Henrique (3), Diego Souza (3), Léo
Lima (2) e Kléber (1), o estádio
será ainda mais neutro.
Curiosamente, a situação do
elenco é oposta à do treinador.
No domingo, Vanderlei Luxemburgo completará a centésima partida em casa na batuta
do Palmeiras -somando a passagem atual com as anteriores.
Lá, ele obteve 83 vitórias, 12
empates e quatro derrotas.
Não por acaso, foi justamente o treinador um dos que mais
defenderam a utilização do
Parque Antarctica nas finais.
Mas a tal decantada vantagem palmeirense se dá mais pela vitória de bastidores na queda-de-braço com o São Paulo.
Na semana passada, o presidente da Federação Paulista de
Futebol, Marco Polo Del Nero,
descartara o Parque Antarctica
para o segundo jogo da semifinal. Após idas e vindas, a luta
dos dois clubes pela carga de ingressos acabou decidindo o
duelo a favor dos palmeirenses.
Ao saber que o jogo poderia
ser em Ribeirão Preto, o São
Paulo reduziu o número de bilhetes destinados à torcida rival
para a primeira partida, no Morumbi. Sem divisão igual de ingressos, o Palmeiras recorreu à
FPF e conseguiu levar o confronto para o seu estádio.
Apesar da falta de identificação de mais da metade do elenco com a casa alviverde, o Palmeiras terá de resolver em
campo tanto a peleja que a cartolagem iniciou fora dele quanto sua vida no Paulista-2008.
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