São Paulo, sábado, 17 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Red Bull tenta, enfim, embalar

Na China, equipe de Vettel e Webber corre para transformar melhor carro em liderança no Mundial

Vencedor do GP da Malásia, piloto alemão afirma que espera reação da McLaren e da Mercedes em Xangai, na próxima madrugada

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A XANGAI

De pilotos a dirigentes, a opinião no paddock é unânime. A Red Bull tem o melhor carro da F-1 atualmente. Depois de problemas de confiabilidade terem lhe custado duas vitórias que pareciam certas nas duas primeiras corridas do ano, o time finalmente conseguiu uma dobradinha na última corrida do Mundial, o GP da Malásia.
Agora, em Xangai, onde na próxima madrugada acontece o GP da China, com largada prevista para as 4h (de Brasília), a equipe quer transformar essa superioridade em pontos.
"Se você olhar a classificação do campeonato, que é o que importa, não temos vantagem nenhuma", disse Sebastian Vettel, vencedor da prova malaia, há duas semanas. "Pelo contrário, estamos atrás. Justamente por isso temos que fazer como na última corrida e tentar alcançar nossos adversários."
Consequência direta das seguidas falhas, o time ocupa a terceira posição no Mundial de Construtores, com 15 pontos a menos que a Ferrari, a primeira, e cinco atrás da McLaren, a vice-líder. Entre os pilotos, Vettel ocupa a terceira colocação, com dois pontos a menos que Felipe Massa e empatado com Fernando Alonso.
"Acho que o resultado em Sepang aliviou um pouco toda a equipe", afirmou Mark Webber, que ocupa o nono posto na classificação, com 15 pontos de desvantagem para Massa.
"O fato de termos executado uma corrida perfeita certamente nos serviu como um bom remédio. Mas isso agora já é história. Ganhamos os pontos, mas temos de tentar nos aproximar dos outros o máximo possível", completou ele.
Para Vettel, que venceu o GP da China do ano passado, no primeiro triunfo da história da Red Bull, o fato de Ferrari e McLaren terem errado durante o treino de classificação e largado no final do grid na Malásia foi o motivo de tamanha tranquilidade para a dobradinha -o treino que definiria as posições de largada para o GP chinês seria realizado na madrugada de hoje, depois do fechamento desta edição.
"Se tivesse sido um final de semana normal, não sei como as coisas aconteceriam. Vi uma McLaren muito forte e para a China sabemos que muita gente trouxe algumas novidades, como é o caso da Mercedes."
Um dos principais temores da Red Bull é repetir os erros do campeonato passado, quando começou a lutar de igual para igual com a Brawn GP a partir do meio da temporada mas acabou perdendo muitos pontos, culpa da falta de confiabilidade de seu carro.
Resultado disso, terminou o ano como vice nos Mundiais de Pilotos e de Construtores. Escaldados pelas frustrações da temporada passada e do início desta, Vettel e Webber preferem, pelo menos por ora, rechaçar o rótulo de favoritos.
"Claro que, pelo fato de ter vencido a corrida passada, você acaba ficando com o status de favorito, mas eu sinceramente não penso desse jeito", afirmou o piloto alemão. "Encaro cada corrida da mesma maneira e sei que tenho de continuar trabalhando duro para tentar vencer. Não é fácil conseguir bons resultados sempre, mas é para isso que estamos aqui."


NA TV - GP da China
Globo, ao vivo, às 4h de amanhã

FOLHA ONLINE
Confira o grid de largada do GP da China
www.folha.com.br/101061




Texto Anterior: Tênis: Montercarlo vê três espanhóis nas semis
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.