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ESTATÍSTICA
Torneio realiza mais estrangeira final da história
DO ENVIADO A PARIS
A pergunta soou como
provocação. Mas Arsène
Wenger respondeu sério.
"Tenho orgulho de representar o futebol inglês", disse
o técnico francês sobre a enxurrada de estrangeiros que
formam o elenco do Arsenal.
E não é o seu time que faz
isso. Hoje, a Copa dos Campeões terá a final mais estrangeira da sua história de
50 anos. No máximo, serão
apenas cinco locais -três
pelo lado do Barcelona e
dois pelo Arsenal. Mas a dupla inglesa -Sol Campbell e
Ashley Cole- não tem escalação garantida.
No ano passado, por
exemplo, Milan e Liverpool
tinham juntos oito locais.
A presença maciça de forasteiros não se resume só
aos titulares. Dos 40 principais jogadores dos finalistas,
só dez atuam no próprio
país -sete pelo lado do Barcelona e três no Arsenal.
Só o Brasil tem sete jogadores nessas duas equipes.
Até meados da década
passada, com a limitação de
estrangeiros e uma legislação mais restrita dos atletas
com passaporte europeu,
pelo menos 70% dos finalistas de uma Copa dos Campeões defendiam equipes de
seu próprio país.
No banco catalão também
haverá um forasteiro como
chefe. Frank Rikaard, aliás, é
o exemplo da pátria sem
fronteiras em que se transformou o futebol europeu. O
holandês de pele escura respondeu, com fluência e muita má vontade, perguntas
em quatro idiomas (espanhol, inglês, italiano e francês) na entrevista antes do
treino de reconhecimento
do time no Stade de France.
Até estrangeiros que não
jogam em alto nível há muito tempo têm mais espaço
que espanhóis e ingleses.
Hoje, o holandês Dennis
Begkamp, do Arsenal, faz
sua despedida dos campos.
"Dennis é o tipo de jogador que faz as pessoas irem
ao estádio", disse Rikaard,
que pode se transformar no
quinto homem a ganhar o
mais importante torneio de
clubes do planeta como atleta e como treinador.
(PC)
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