São Paulo, segunda-feira, 17 de maio de 2010

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Webber, 33, é líder pela 1ª vez

Australiano, que estreou na F-1 em 2002, triunfa no GP de Mônaco e alcança o topo do Mundial

Após 2º fim de semana vencendo de ponta a ponta, piloto coroa ascensão da Red Bull, que tem 20 pontos a mais do que a Ferrari

Gero Breloer/Associated Press
Webber e Vettel, da Red Bull, comemoram a dobradinha no GP de Mônaco saltando no mar

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MÔNACO

Pelo segundo final de semana consecutivo, Mark Webber largou na pole position e venceu uma etapa do campeonato de Fórmula 1. Pelo segundo fim de semana seguido, ganhou de ponta a ponta. Pela primeira vez desde que estreou na categoria, em 2002, assumiu a liderança do Mundial.
O triunfo do piloto australiano GP de Mônaco, ontem, coroou a ascensão da Red Bull, que pela segunda vez nesta temporada fez uma dobradinha com o segundo lugar de Sebastian Vettel, que soma os mesmos 78 pontos de seu companheiro na classificação.
A equipe, que colocou um de seus pilotos na pole position nas seis etapas de 2010, mas que não vinha repetindo o bom desempenho nas corridas, foi alçada à liderança do Mundial de Construtores pela primeira vez na história, graças à performance em Mônaco. São 156 pontos, contra 136 da Ferrari.
"Este resultado é sensacional, mas é um esforço que vem de dois anos e meio atrás e não apenas das últimas duas semanas", disse Webber, primeiro australiano desde Jack Brabham, em 1959, a vencer uma prova nas ruas do Principado.
"Este é um esforço contínuo que temos feito, que começou com o RB5 [o modelo do ano passado] e segue com o RB6."
Saindo em primeiro no estreito circuito monegasco, Webber disse não ter feito a largada que gostaria, mas foi suficiente para mantê-lo na ponta.
Atrás dele, Vettel, o terceiro colocado no grid, superou logo de cara Robert Kubica para assumir a segunda colocação.
Mas um acidente com Nico Hulkenberg, da Williams, na entrada do túnel, ainda na primeira volta, causou a entrada do primeiro de uma série de quatro safety cars na prova.
Safety cars, aliás, que foram as únicas "ameaças" à quarta vitória da carreira de Webber.
"Certamente eu preferia que nenhum deles tivesse acontecido. Você está trabalhando para abrir vantagem, construindo uma folga e o safety car entra na pista e neutraliza tudo. É um pouco frustrante."
Na segunda vez que o carro madrinha foi à pista, os pilotos haviam acabado de fazer suas paradas para trocar pneus, quando Rubens Barrichello perdeu o controle de seu Williams e bateu no guard rail.
Apenas 12 voltas depois, uma tampa de bueiro solta causou nova intervenção e, a apenas três voltas da bandeirada final, o maior susto para Webber: Jarno Trulli e Karun Chandhok protagonizaram uma batida estranha na Rascasse.
Mas o australiano, que vinha logo atrás dos retardatários, conseguiu desviar da confusão e alinhou pela quarta vez atrás do safety car, de onde só saiu a poucos metros da linha de chegada para vencer em Mônaco -Kubica, da Renault, completou a corrida em terceiro.
"Sem dúvida este é o melhor dia da minha vida... é simplesmente incrível", festejou Webber, 33. "Vencer em Montecarlo é muito, muito especial. Claro que minha vitória começou no sábado, na classificação, mas correr neste lugar é um teste por quase duas horas."
Visto no início do ano como o "patinho feio" entre os pilotos das equipes de ponta, Webber entra assim de vez na disputa pelo título naquele que pode ser seu último ano na categoria.

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