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OITAVAS/ HOJE
Johan Walem, Wesley Sonck e Marc Wilmots medem forças com "futebol de deuses"
Bélgica aposta em seus "Ws" para superar "Rs" do Brasil
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
ENVIADO ESPECIAL A YOKOHAMA
Se no Brasil se fala muito nos
três ""erres" -Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo-, na Bélgica a letra
da vez é outra. Trata-se dos três
""Ws", que classificaram o time
para as oitavas-de-final e tentam
levá-lo a superar o Brasil.
Johan Walem, Wesley Sonck e
Marc Wilmots, apelidados de os
""três Ws dos Diabos Vermelhos",
como é conhecido o time da Bélgica, foram os autores dos três
gols contra a Rússia e são as principais esperanças do técnico Robert Waseige, ""o quarto W", para
bater os brasileiros hoje.
""Quando nós três estamos em
campo, o time rende mais", disse
Wesley Sonck, 23, que teve duas
ríspidas discussões com o treinador, uma antes da Copa e outra na
semana passada, e começou os
três jogos do Mundial no banco.
""Quem decide a escalação não
sou eu, mas se em 88 minutos
[tempo em que esteve em campo
na primeira fase" fui tão elogiado,
acho que posso ser o titular."
Contra os russos, foi só a partir
dos 25min da fase final, quando
substituiu Mbo Mpenza, contundido, que os belgas melhoraram e
chegaram à vitória. Oito minutos
depois de entrar, Sonck fez o segundo gol, de cabeça.
Mas, para infelicidade de Sonck,
Mpenza já se recuperou da contusão, e ele corre o risco de ficar,
mais uma vez, somente como opção para a segunda etapa.
Para Walem, 30, a história dos
três ""Ws" vai ficar marcada pela
atuação contra a Rússia, mas ainda mais se o time passar pelo Brasil. ""Na Bélgica, o futebol brasileiro é adorado, é o futebol dos deuses. Se vencermos, vai ser um resultado histórico, daqueles para
serem comentados por gerações."
Capitão do time, Wilmots, 33,
que assim como Sonck é atacante,
enquanto Walem fica no meio-campo, acha que, apesar de serem
franco-atiradores, os belgas têm
chances de ficar com a vaga.
""Jogo eliminatório não é fácil
para ninguém. Se você está num
mau dia, como aconteceu com a
Dinamarca contra a Inglaterra ou
com o Brasil na final contra a
França [em 1998", já era. Mas se
acorda com sorte, faz um gol no
começo, tudo pode acontecer."
Para Waseige, o jogo de hoje é
um dos mais importantes da história do futebol belga. E, certamente, o principal de sua carreira
como treinador. Brigado com a
imprensa de seu país, que chegou
a dizer que o time pediu sua cabeça antes da partida contra a Rússia, o que ele nega, Waseige espera
eliminar os brasileiros para dar
uma resposta a seus ""detratores".
Nem que seja nos pênaltis.
""Treinamos muitas cobranças,
sim, mas não é de agora", disse o
zagueiro Daniel Van Buyten.
""Quando se disputa um torneio
com jogos eliminatórios, todos
devem estar preparados para isso.
Ainda mais a Bélgica, que costuma empatar muito [é a recordista
de empates seguidos -cinco-
em Mundiais". O Brasil também
deve ter treinado pênaltis..."
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