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Austrália deve usar força total
Técnico dificilmente poupará os quatro jogadores que têm cartão amarelo na partida contra o Brasil
Falta de opções no elenco e medo de goleada levam Hiddink a pensar em escalar todos os titulares, apesar de
priorizar jogo com a Croácia
DO ENVIADO A ÖHRINGEN
Depois de estudar a possibilidade de poupar quatro jogadores pendurados com cartão
amarelo para o jogo de amanhã
contra o Brasil, a Austrália recuou: a tendência do técnico
Guus Hiddink é ir a campo em
Munique com sua força total.
O holandês disse ontem que a
hipótese de preservar atletas e
sofrer uma derrota expressiva
poderia abalar o time para o jogo com a Croácia, tido pelos
australianos como decisivo.
Hiddink lançou mão ainda
do pragmatismo, pois, dispondo de um elenco com limitações, disse que não poderia se
dar ao luxo de poupar alguns
dos destaques da equipe. "Hoje
temos entre 13 e 14 potenciais
titulares, e não 23. Os quatro
com cartão estão entre estes,
então não dá para simplesmente deixá-los de fora. Não me decidi, mas hoje [ontem] estou
propenso a usar todos os que eu
tiver à disposição."
O meia Tim Cahill, autor de
dois gols contra o Japão, o atacante Aloisi, que fez um, o volante Grella e o zagueiro Moore
receberam amarelo e serão suspensos se levarem outro contra
o Brasil, ficando fora da partida
com a Croácia.
Com a mudança da estratégia, pelo menos dois deles devem ser titulares. Cahill, herói
contra o Japão, começou no
banco, assim como Aloisi.
Em que pese o alto número
de cartões naquele jogo e o notório vigor físico dos australianos, o volante Skoko negou que
o time seja violento, como dizem os adversários. "Não somos só físico nem acho que essa
[violência] seja uma questão. Se
você é violento, será expulso."
"Gostamos de usar o físico,
mas também gostamos de jogar
um bom futebol, esse é nosso
estilo, e vamos praticá-lo contra o Brasil, nada diferente do
normal", concordou Emerton.
Skoko foi mais um australiano a comentar a má fase de Ronaldo. "Ele já teve dias melhores. Hoje está mais pesado do
que na Copa passada, mas, se
mudar e estiver num momento
bom, é ainda muito perigoso."
Questionado se o seu time
poderá ofensivo, Hiddink disse:
"Temos de ser cuidadosos. Claro que tentaremos fazer o que
pudermos dentro de nosso estilo, com nossa tática, mas de
acordo com a qualidade e a
classe do oponente -que, no
caso do Brasil, são muito altos".
(FÁBIO VICTOR)
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