São Paulo, domingo, 17 de junho de 2007

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Sem Willian, Corinthians fica no zero

Carpegiani tenta, mas time não se acerta sem o meia, na seleção sub-20, e só empata, no Morumbi, contra o Paraná

Corinthians 0
Paraná 0


PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem com, nem sem revolução tática. O Corinthians, que passou por uma reconstrução total arquitetada pelo técnico Paulo César Carpegiani, mas que durante o jogo voltou a atuar como nas rodadas anteriores do Brasileiro, não conseguiu sair de um empate sem gols com o Paraná, ontem, no estádio do Morumbi.
Foi o segundo jogo seguido que a equipe saiu de campo como mandante com um 0 a 0. O resultado, que serviu para o time se manter como o vice-líder do Nacional, frustrou os quase 35 mil torcedores que foram ao jogo (foram mais de 40 mil pagantes) e deixou os jogadores com a sensação de que a ausência do meia Willian pode atrapalhar o time no campeonato mais do que parecia.
"Foi um jogo sem o nosso único jogador de criação, o Willian, e a gente sentiu dificuldade. Faltou bom futebol. A gente tentou na força e na vontade, mas não deu certo", lamentou o volante Marcelo Mattos.
"Temos jogadores para fazer essa função. Pode até colocar o Rosinei ali que ele faz. Mas tudo vai da armação do treinador e ele achou que essa era a melhor formação", disse Betão.
Como consolação, o empate significou uma marca histórica para o Corinthians. A equipe igualou a sua maior seqüência invicta em Brasileiros, com 15 jogos sem perder -contabilizados os últimos nove duelos do campeonato de 2006.
Mas como a intenção não era apenas essa, mas sim sair de campo com uma vitória, o Corinthians entrou com uma formação alternativa.
Carpegiani tentou montar seu time no 4-4-2, com duas linhas de quatro jogadores (na defesa e no meio-campo), mas na prática as mudanças feitas pelo técnico formou um sistema com três zagueiros e dois alas. Isso porque Edson, improvisado pelo lado esquerdo, não se fixava atrás, como Betão fazia pela direita. Ele avançava pelo lado do campo, assim como Pedro fazia pela ala direita.
No meio, Marcelo Mattos era praticamente o único volante do time. Rosinei e Marcelo Oliveira também caíam pelos lados do campo para auxiliar os alas corintianos.
O Corinthians ainda teve de se acertar depois de perder Finazzi e Fábio Ferreira por contusão ainda no primeiro tempo. Carpegiani, no entanto, preferiu não mudar a aposta que fizera e os substituiu por Clodoaldo e Marcus Vinícius, respectivamente, ambos com características semelhantes às dos titulares contundidos.
Mas, por causa da ineficiência do meio-campo corintiano em criar jogadas de ataque, foi a equipe visitante quem teve as duas melhores chances.
A insistência do treinador corintiano na formação inicial, porém, não resistiu ao intervalo. Carpegiani preferiu se arriscar e fazer logo no início da etapa final a sua última alteração. Ele sacou Edson e colocou o volante Carlos Alberto.
A mudança deixou o time com uma configuração mais próxima a de jogos anteriores. O time passou a criar mais, mas parou nos erros de finalização.
Na próxima rodada o confronto será com o líder Botafogo, fora de casa.


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