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Sem Willian, Corinthians fica no zero
Carpegiani tenta, mas time não se acerta sem o meia, na seleção sub-20, e só empata, no Morumbi, contra o Paraná
Corinthians 0
Paraná 0
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem com, nem sem revolução tática. O Corinthians, que
passou por uma reconstrução
total arquitetada pelo técnico
Paulo César Carpegiani, mas
que durante o jogo voltou a
atuar como nas rodadas anteriores do Brasileiro, não conseguiu sair de um empate sem
gols com o Paraná, ontem, no
estádio do Morumbi.
Foi o segundo jogo seguido
que a equipe saiu de campo como mandante com um 0 a 0. O
resultado, que serviu para o time se manter como o vice-líder
do Nacional, frustrou os quase
35 mil torcedores que foram ao
jogo (foram mais de 40 mil pagantes) e deixou os jogadores
com a sensação de que a ausência do meia Willian pode atrapalhar o time no campeonato
mais do que parecia.
"Foi um jogo sem o nosso
único jogador de criação, o Willian, e a gente sentiu dificuldade. Faltou bom futebol. A gente
tentou na força e na vontade,
mas não deu certo", lamentou o
volante Marcelo Mattos.
"Temos jogadores para fazer
essa função. Pode até colocar o
Rosinei ali que ele faz. Mas tudo vai da armação do treinador
e ele achou que essa era a melhor formação", disse Betão.
Como consolação, o empate
significou uma marca histórica
para o Corinthians. A equipe
igualou a sua maior seqüência
invicta em Brasileiros, com 15
jogos sem perder -contabilizados os últimos nove duelos do
campeonato de 2006.
Mas como a intenção não era
apenas essa, mas sim sair de
campo com uma vitória, o Corinthians entrou com uma formação alternativa.
Carpegiani tentou montar
seu time no 4-4-2, com duas linhas de quatro jogadores (na
defesa e no meio-campo), mas
na prática as mudanças feitas
pelo técnico formou um sistema com três zagueiros e dois
alas. Isso porque Edson, improvisado pelo lado esquerdo, não
se fixava atrás, como Betão fazia pela direita. Ele avançava
pelo lado do campo, assim como Pedro fazia pela ala direita.
No meio, Marcelo Mattos era
praticamente o único volante
do time. Rosinei e Marcelo Oliveira também caíam pelos lados do campo para auxiliar os
alas corintianos.
O Corinthians ainda teve de
se acertar depois de perder Finazzi e Fábio Ferreira por contusão ainda no primeiro tempo.
Carpegiani, no entanto, preferiu não mudar a aposta que fizera e os substituiu por Clodoaldo e Marcus Vinícius, respectivamente, ambos com características semelhantes às
dos titulares contundidos.
Mas, por causa da ineficiência do meio-campo corintiano
em criar jogadas de ataque, foi a
equipe visitante quem teve as
duas melhores chances.
A insistência do treinador corintiano na formação inicial,
porém, não resistiu ao intervalo. Carpegiani preferiu se arriscar e fazer logo no início da etapa final a sua última alteração.
Ele sacou Edson e colocou o volante Carlos Alberto.
A mudança deixou o time
com uma configuração mais
próxima a de jogos anteriores.
O time passou a criar mais, mas
parou nos erros de finalização.
Na próxima rodada o confronto será com o líder Botafogo, fora de casa.
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