Após 5 rodadas, desempenho do clube supera só campanha de 1989, mas não abala cartolas e atletas

DA REPORTAGEM LOCAL

A penúltima posição no Brasileiro não preocupa jogadores, comissão técnica e dirigentes santistas. Pelo menos é o discurso repetido no clube. Mas, consideradas as cinco primeiras rodadas, o time tem o pior desempenho em 18 Nacionais.
É com a missão de se recuperar que o Santos pega o Juventude, hoje, em Caxias do Sul.
Até agora, foram quatro pontos em cinco jogos. A performance supera apenas 1989. Naquele ano, o time teve só uma vitória nas mesmas cinco partidas -teria três pontos pelo critério atual de pontuação. Aquele foi o início menos animador do Santos em 37 Brasileiros.
Em 1995, o Santos também somava quatro pontos na quinta rodada, mas havia feito mais gols do que o time atual -o saldo de gols nos dois anos é igual.
"É início de campeonato. Estávamos priorizando a Libertadores. Isso pesa", diz o diretor de futebol santista, Luiz Antônio Capella. As duas participações anteriores na Libertadores (2003 e 2005) não resultaram em más largadas no Brasileiro. Foram 8 e 12 pontos, respectivamente, em cinco jogos.
Na atual temporada, uma equipe só de reservas estreou, sofrendo goleada, contra o Sport. Times mistos pegaram Atlético-PR, Corinthians e América-RN. Foi o principal que enfrentou Internacional, já depois da eliminação na Libertadores diante do Grêmio.
Não dá para dizer que o Santos levou azar. Números do Datafolha mostram que o time tem o quarto pior passe da competição (acerto de 77,1%). É a segunda equipe que mais perdeu bolas (42,6). É o segundo que menos concluiu a gol, 11 vezes por jogo. Ainda é a quinta pior pontaria do Nacional.
O desempenho é bem diverso do início do ano, quando a equipe figurava nas primeiras posições nos rankings. A pontuação, claro, também era maior.
"O time está na zona do rebaixamento por circunstâncias. O Santos vai jogar o Brasileiro para ganhar", minimizou o técnico Vanderlei Luxemburgo, ausente no jogo de hoje após cirurgia, durante a semana que passou.0 (RODRIGO MATTOS)