Time atende a pedido e desiste do astro, que será observado pelo técnico da Internazionale no jogo do Brasil em BH

Juvenal Juvêncio confirma que haverá despedida, mas sem que o atacante entre em campo, como Muricy já pretendia anteriormente

DA REPORTAGEM LOCAL

No mesmo dia em que o presidente da Internazionale, Massimo Moratti, confirmou que Adriano será avaliado por José Mourinho para se incluir ou não nos planos do clube para a próxima temporada, o São Paulo anunciou que o centroavante não atua mais no Brasileiro com sua camisa.
"Vai ter uma despedida, mas não jogando. Decidimos antecipar a saída dele", afirmou o presidente Juvenal Juvêncio, durante lançamento de livro no clube. O adeus sem chuteiras ao Morumbi deve ser neste fim de semana, contra o Sport.
Inicialmente, o contrato de Adriano iria até 10 de julho -por conta de uma possível final de Libertadores-, e havia dirigentes no Morumbi que defendiam o cumprimento do acordo até o fim. Mas a necessidade de liberar o jogador para se apresentar à Inter fez o São Paulo acelerar a parte formal do assunto. A rescisão amigável acontecerá nos próximos dias.
"Juvenal e eu tivemos uma reunião na semana passada para conversar sobre isso. E devemos oficializar a rescisão de contrato logo", disse seu agente, Gilmar Rinaldi, lembrando que Mourinho estará no Brasil x Argentina, amanhã, em Belo Horizonte. "O importante é que o objetivo [recuperar o atacante] foi cumprido."
Sendo assim, a despedida de Adriano com a camisa do São Paulo acabou sendo a triste noite de 21 de maio, que marcou a eliminação nas quartas-de-final para o Fluminense, numa derrota por 3 a 1 no Maracanã. Foi dele o gol tricolor, seu 17º com a camisa do São Paulo.
"É óbvio que nós gostaríamos de contar mais com ele, mas o ótimo é inimigo do bom. E seria bom para o Adriano ter um tempo para resolver seus interesses antes de ir para a Itália. Mas a parceria foi feita de maneira bem-sucedida", declarou João Paulo de Jesus Lopes, diretor de futebol do clube.
A esta altura, uma volta de Adriano também criaria uma saia justa para o técnico Muricy Ramalho, já que, com o ataque Aloísio e Borges, seu time fez nove gols nos últimos dois jogos. O treinador se opunha à idéia de manter Adriano com os dias contados no time.


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