|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Santos mantém técnico para
não pagar multa de R$ 1,2 mi
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
Como não conseguiu convencer
o técnico Emerson Leão a abrir
mão de pelo menos parte da multa
rescisória (R$ 1,2 milhão), a diretoria do Santos desistiu de demiti-lo.
Ontem, o diretor de futebol Vicenzo di Gregorio anunciou a permanência do treinador.
"A diretoria estava até meio desgostosa com o Leão, mas o trabalho dele foi avaliado e houve mais
prós do que contras", disse ele.
Os dois principais dirigentes do
clube, o presidente Samir Jorge
Abdul-Hak e o vice José Paulo Fernandes, não foram ao CT Rei Pelé.
No último final de semana, eles
chegaram a se reunir para discutir
a contratação de um novo técnico.
Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras,
chegou a ser consultado.
A diretoria do Santos ficou insatisfeita com os resultados da equipe, que não chegou a nenhuma final, e também com temperamento
de Leão, que provocou a saída de
alguns profissionais, como o gerente Marco Aurélio Cunha.
O diretor de futebol disse que os
dirigentes pretendem pedir ao
treinador para que ele mude seu
estilo, considerado excessivamente centralizador.
Leão disse que está disposto a
discutir qualquer assunto, mas negou que esteja propenso a mudar
seu comportamento. "Estou aberto ao diálogo, mas mudar o comportamento só quando fizer alguma coisa errada", afirmou.
Leão também reclamou das críticas públicas feitas pela diretoria
após a derrota para o Palmeiras,
que tirou o time do Paulista.
"Foram momentos desagradáveis, que logicamente deixam uma
pequena cicatriz. Mas espero que o
tempo se encarregue de fechá-la."
Hoje e amanhã, Leão retoma os
treinos no CT. Os amistosos de
preparação para o Brasileiro não
foram definidos. Sobre reforços, o
técnico disse que quer definir primeiro a situação do grupo atual.
Texto Anterior: Clubes buscam modernização Próximo Texto: Estadual do PR poderá ter divisão única Índice
|