São Paulo, terça-feira, 17 de julho de 2007

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com a palavra

ADRIANA ALVES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Beleza, arte e leveza

A ginástica artística continua crescendo no país, e a nova geração promete trazer tantas alegrias como a anterior

ALGUNS DE vocês talvez tenham recebido com estranheza o nome ginástica artística, pois no Brasil a conhecíamos como "olímpica".
Meses atrás, o Comitê Olímpico Brasileiro, às vésperas do maior evento esportivo já realizado no Brasil, o Pan, orientou a todos os Estados que usassem a nomenclatura universal, já que o termo olímpico é atribuído a todas as modalidades que compõem os Jogos Olímpicos.
Nossa ginástica é chamada mundialmente de artística, simbolizando arte, leveza, plasticidade e encanto. Talvez por esses motivos seja uma das modalidades que mais cedo tenham esgotado a venda de ingressos no Pan, assim como acontece nas Olimpíadas.
O Brasil já ganhou 19 medalhas em Pans, sendo dois ouros da ginasta Luisa Parente. Mas foi em 1999, em Winnipeg, que surgiu Daiane dos Santos. Com uma prata e dois bronzes, fez a ginástica crescer no país. Hoje são páginas impressas, eventos transmitidos ao vivo, programas de TV em horários nobres. Há quem discuta sobre duplo twist carpado!!!!
Nestes Jogos, já conquistamos medalhas. Nossos ginastas, embalados pelos gritos da torcida, foram motivados a buscar forças de todas as formas, e era de arrepiar quando ouvíamos o tradicional canto "Eu sou brasileiro, com muito orgulho...", cantado por mais de 10 mil pessoas. Prova disso, Victor Rosa competiu com uma fratura no pé, devido a uma queda na prova de solo, assim como Daiane saiu chorando ao terminar sua série, também com fortes dores.
Esse é o espírito esportivo, a busca da perfeição, a superação. Continuamos torcendo para alcançar o lugar mais alto do pódio nas finais por aparelhos, hoje, contando com a experiência dos ginastas veteranos como Daniele, Laís, Danilo e Mosiah. E com grandes expectativas para as provas de solo e salto de Diego, maior esperança de ouro nestes Jogos.
Mas os brasileiros devem aguardar com ansiedade a nova geração: Jade, Khiuani e Luiz Augusto. Eles podem nos surpreender. A ginástica artística cresce no país, surgem novos ídolos.
Será sorte? Não. Isso é trabalho. Dá-lhe Brasil!!!!


ADRIANA ALVES é técnica de ginástica do Grêmio Náutico União e quem lapidou Daiane dos Santos até ela chegar à seleção


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