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com a palavra
ADRIANA ALVES
ESPECIAL PARA A FOLHA
Beleza, arte e leveza
A ginástica artística continua crescendo no país, e a nova geração promete trazer tantas alegrias como a anterior
ALGUNS DE vocês talvez tenham recebido com estranheza o
nome ginástica artística,
pois no Brasil a conhecíamos como "olímpica".
Meses atrás, o Comitê
Olímpico Brasileiro, às vésperas do maior evento esportivo já realizado no Brasil, o Pan, orientou a todos
os Estados que usassem a
nomenclatura universal, já
que o termo olímpico é
atribuído a todas as modalidades que compõem os
Jogos Olímpicos.
Nossa ginástica é chamada mundialmente de artística, simbolizando arte, leveza, plasticidade e encanto. Talvez por esses motivos seja uma das modalidades que mais cedo tenham
esgotado a venda de ingressos no Pan, assim como
acontece nas Olimpíadas.
O Brasil já ganhou 19 medalhas em Pans, sendo dois
ouros da ginasta Luisa Parente. Mas foi em 1999, em
Winnipeg, que surgiu Daiane dos Santos. Com uma
prata e dois bronzes, fez a
ginástica crescer no país.
Hoje são páginas impressas, eventos transmitidos
ao vivo, programas de TV
em horários nobres. Há
quem discuta sobre duplo
twist carpado!!!!
Nestes Jogos, já conquistamos medalhas. Nossos
ginastas, embalados pelos
gritos da torcida, foram
motivados a buscar forças
de todas as formas, e era de
arrepiar quando ouvíamos
o tradicional canto "Eu sou
brasileiro, com muito orgulho...", cantado por mais
de 10 mil pessoas. Prova
disso, Victor Rosa competiu com uma fratura no pé,
devido a uma queda na
prova de solo, assim como
Daiane saiu chorando ao
terminar sua série, também com fortes dores.
Esse é o espírito esportivo, a busca da perfeição, a
superação. Continuamos
torcendo para alcançar o
lugar mais alto do pódio
nas finais por aparelhos,
hoje, contando com a experiência dos ginastas veteranos como Daniele, Laís,
Danilo e Mosiah. E com
grandes expectativas para
as provas de solo e salto de
Diego, maior esperança de
ouro nestes Jogos.
Mas os brasileiros devem
aguardar com ansiedade a
nova geração: Jade, Khiuani e Luiz Augusto. Eles podem nos surpreender. A ginástica artística cresce no
país, surgem novos ídolos.
Será sorte? Não. Isso é
trabalho. Dá-lhe Brasil!!!!
ADRIANA ALVES é técnica de ginástica do
Grêmio Náutico União e quem lapidou Daiane dos Santos até ela chegar à seleção
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